Historia Naturalis Brasiliae (HNB) é considerado o primeiro livro de história natural que trata de plantas e animais do Brasil, embora não tenha sido concebido com a intenção de ser “científico”, no sentido que damos à palavra hoje.
Publicado no ano de 1648, na Holanda, divide-se em duas partes: a primeira, sobre medicina tropical, foi escrita pelo médico holandês Willem Piso; a segunda, sobre botânica, zoologia, astronomia, geografia e etnografia, foi escrita pelo astrônomo e naturalista alemão, Georg Marcgraf.
Em 1508, Albrecht Dürer finalizou a obra A traição de Cristo, uma das 16 gravuras em metal que faziam parte da série Paixão Gravada. Nessa época, ele estava com 37 anos, no auge de sua carreira enquanto artista.
A gravura em questão possui 12 cm de altura e 7,5 cm de largura, feita a buril e a impressão sobre papel.
No dia 23 de maio de 2024 em Aracaju, capital de Sergipe, foi aberta ao público na Galeria pública Álvaro Santos a exposição “Permanências e Ressonâncias: panorama da gravura em Sergipe” realizada pelo Fórum Permanente de Artes Visuais de Sergipe (FAVS).
A exposição esteve em exibição até o dia 28 de junho, contando com 28 artistas e aproximadamente 50 obras das mais diversas técnicas da gravura, as quais fizeram parte de uma pesquisa e levantamento inédito no estado dos artistas da gravura que estão atuando, e também, uma homenagem “in memorian” aos artistas que já se partiram e deixaram sua marca na arte sergipana. A produtora executiva membra do FAVS e professora da Universidade Federal de Sergipe do curso de licenciatura em Artes Visuais, Marjorie Garrido, cedeu uma entrevista ao Gracon comentando sobre a sua pesquisa e a exposição “Permanência e Ressonâncias”.
Hélio Oiticica compreende a arte como um campo de epistemologia anárquica onde as experiências e os processos não são percebidos como lineares, evolutivos ou homogêneos.
Para o autor, em todos os tempos, os artistas revisitam tanto as experiências que “deram certo” quanto as que “não deram certo” em novas combinações semânticas, confrontado os paradigmas que a arte definiu para si. (Oiticica, 1986, p.121)
A literatura de cordel, conhecida também por literatura popular em verso ou simplesmente cordel, é um gênero literário popular nordestino composto por narrativas satíricas, escritas e organizadas em forma de prosa em verso possuindo uma linguagem simples e de aspecto regional por meio da técnica da xilogravura.
Normalmente, o cordel é impresso em formato de livretos de 8 a 16 páginas, e a partir de 24 páginas recebe o nome de romance.
Este ensaio pretende discorrer sobre a gravura, em especial na América Latina e suas implicações como meio de atuação política. Para tal, considerará a gravura tanto a partir das chamadas técnicas tradicionais, como xilogravura, gravura em metal ou litografia, quanto as técnicas mais recentes ou derivadas destas como a serigrafia, o estêncil ou o carimbo. As imagens geradas por meio dessas técnicas serão pensadas baseadas em percepções da intermedialidade, bem como noções como a apropriação (ou reapropriação) dos meios de criação, produção e distribuição de imagens em maior escala.
Estes aspectos serão discutidos em relação ao contexto econômico e ideológico capitalista e as implicações dessas linhas de ação como ativações alternativas. Espera-se, assim, refletir sobre o lugar atual da gravura em relação ao seu entorno na América Latina como meio de expressão, possibilidade de pesquisa em arte e instrumento a serviço de pautas, posicionamentos e ações políticas e sociais.
Em 1977, o então presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ennio Marques Ferreira, convida o artista gravurista Orlando DaSilva para ministrar o curso intensivo de gravura no Centro de Criatividade. Inicia-se a prolongada estadia de um dos maiores escritores acerca da gravura curitibana, colaborador próximo mesmo quando ainda residia no Rio de Janeiro.
Em meio à comemoração do centenário do icônico artista curitibano Poty Lazzarotto, relembro um de seus mais expressivos pesquisadores. A dedicação de DaSilva ao ensino, documentação e difusão da gravura ilustra a historiografia do campo na segunda metade do século XX, a reverberar em minhas reflexões acerca de seu estatuto contemporâneo.
Em 1925, Sigmund Freud escreveu um ensaio intitulado, “Uma nota sobre o bloco de escrita mágico” . O Wunderblock era um dispositivo de escrita relativamente simples, que permitia o apagamento instantâneo de quaisquer marcas em sua superfície.
Um ancestral da Lousa Mágica que, hoje em dia, é um brinquedo de criança ainda popular apesar dos dispositivos eletrônicos de touch que abundam nesse nosso Antropoceno.
A gravura brasileira está muito bem representada na 60ª edição do mais antigo e importante evento internacional de arte (a primeira exposição foi em 1895): a Bienal de Veneza, aberta ao público no período de abril a novembro de 2024. A xilogravura de Maria Bonomi denominada Pedra Robat (1975, 100 x 110cm) se encontra em uma das salas da exposição que compõe o Núcleo Histórico.
No mesmo espaço estão presentes obras de outros artistas também nascidos na Itália, mas que se mudaram e desenvolveram sua produção em outros países. O Brasil é representado por diversas personalidades neste núcleo, tais como Vitor Brecheret (1894, Farnese, Itália - 1955, São Paulo), Fulvio Pennacchi (1905, Villa Collemandina, Itália – 1992, São Paulo), Eliseo Visconti (1866, Giffoni Valle Piana, Itália - 1944, Rio de Janeiro), Alfredo Volpi (1896, Luca, Itália - 1988, São Paulo), Ana Maria Maiolino (1942, Scalea, Itália), dentre outros.
O ensaio visual Diálogos Urgentes foi produzido no ano de 2022 e se originou das pesquisas realizadas com a técnica de estêncil na gravura e na sexualidade. Foi também uma disposição de abordar a temática LGBTQIAPN+ que já aparecem em meus trabalhos e produções.
Assim, continuamos a demonstrar preocupação com o preconceito, a invisibilidade e as formas de existir dessa população, trazendo à tona que o Brasil foi o país que mais matou essa população no mundo em 2022. Foram 273 mortes e violências com pessoas LGBT, segundo o Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil (8, maio, 2022).