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Jane Hir

Mestra em Educação (UFPR); Professora de língua portuguesa; Especialista em Educação de Jovens e Adultos; Facilitadora de Práticas Restaurativas — Eseje (2017) e SCJR/Coonozco (2018); Especialista em Práticas Restaurativas, com enfoque em Direitos Humanos (PUCPR); Especialista em Neurociências, Psicologia Positiva e Mindfulness (PUCPR).
23/8/2024

Expressar necessidades sem expectativas: caminho para relações conscientes

Platão preconiza uma linha divisória que indica o início da humanização plena: o homem assume sua humanidade quando deixa de olhar para os outros pensando em como eles podem lhe servir e começa a olhar para eles se perguntando como pode lhes servir. 

Esse é o caminho para uma convivência pautada em propósitos de ampliação da consciência.

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16/8/2024

Envelhecer com sabedoria: lições de quase setenta anos de vida

Quase setenta anos, e passou tão depressa!  

Até pouco tempo atrás, quando me olhava no espelho, parecia ver o rosto de minha mãe. Isso me confundia. Sentia um certo desconforto, às vezes. Os cabelos brancos me recordavam os caminhos já trilhados, as tantas dores, o desafio contínuo de viver. 

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9/8/2024

Espaço seguro na escola: por onde começar a transformação necessária?

Eu havia terminado a exposição com a frase: "O papel do facilitador de um Círculo de Construção de Paz é garantir um espaço seguro para a conexão."  

"E como se constrói um espaço seguro?" A pergunta veio rápida e atravessou a sala como o voo rasante de uma águia. Olhei para o jovem educador, surpresa, não com a pergunta, mas com a entonação da voz que denotava urgência.

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5/8/2024

‘Sinto, logo Existo’ transforma sentimentos em aprendizado

O segundo semestre veio com força. Vários projetos de trabalho começaram a frutificar. Além disso, é agosto. Nasci em agosto e gosto desse mês. Eu me sinto bem ao imaginar que estou fechando ciclos e celebro com alegria cada vez maior o meu aniversário.

Na semana passada, reiniciei o projeto “Sinto, logo Existo” com as minhas alunas da Fase I, no sistema prisional. Estou trabalhando a identificação e o reconhecimento dos nossos sentimentos e, para isso, tenho utilizado os Círculos de Construção de Paz e oportunizado a elas o acesso a diferentes linguagens.

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27/7/2024

Alienação digital e a urgência de resgatar o diálogo

A volta ao trabalho é também o retorno às reuniões, fila de supermercado e redes sociais. Cada vez mais eu me assusto com os olhos opacos de quem se movimenta com fones de ouvido e o corpo curvado, quando, em um relance, é obrigado a olhar.

Início de semestre. O planejamento de uma sequência didática sobre a linguagem da arte me traz a obra “O Grito”, de Edvard Munch, como elemento de mobilização. Mergulho nas cores fortes e me perco nos traços sinuosos.

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23/7/2024

Histórias e memórias que se transformam em cura

Estávamos em grupo: sete mulheres e um homem de idades diferentes. Alguém puxou a ponta do novelo de uma história antiga... E logo carinhas travessas sob o jugo de adultos enrijecidos pelas lutas da vida encheram a sala com seus risos, medos e dores.

As meninas mais novas, ainda imersas nas histórias que estão vivendo, silenciaram. Para elas, o presente ainda em construção é um caleidoscópio gigante.

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13/7/2024

Como a comunicação não-violenta pode transformar nossas relações

Vivemos tempos marcados pela violência que tem se naturalizado a cada dia em todas as instâncias sociais. Entretanto, existem brechas que precisam ser ocupadas.

Essas brechas podem ser interpretadas como espaços ainda não tomados, tendo em vista que ainda temos autonomia para fazer certas escolhas. Ainda podemos escolher ser gentis. Ainda não nos proibiram de falar e de nos escutar ou de escutar o outro.

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5/7/2024

O amor nas pequenas atitudes do dia a dia

Há momentos que florescem em meio ao cimento armado das construções internas e externas. Momentos simples, pequenos e esparsos miosótis que se esgueiram teimosos mesmo por entre a erva daninha...

Eu fui enredada um desses dias por um desses momentos.

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7/6/2024

Encontro inesperado: sandália verde desperta fé e afeto

No meio do caminho tinha uma sandália verde... Tinha uma sandália verde no meio do caminho. A cor viva e fluorescente chegou primeiro à minha retina, seguida pela dona da sandália, tão exuberante quanto sua cor.

Eu a admirei imediatamente. Só alguém com vida em abundância escolheria uma sandália daquela cor, pensei comigo.

Jane Hir
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Uma sandália verde leva a um encontro pleno e inspira esperança.
31/5/2024

Memórias: a escrita como reencontro pessoal

Diante de mim, a paisagem é um convite...

Abro o caderno e a primeira folha se oferece. Diferentemente das outras vezes em que costumo escrever, começo a escrita movida apenas pelo desejo de registrar o que está vivo em mim, sem saber exatamente onde essa escrita vai me levar.

Jane Hir
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Escrevendo em um caderno novo, a autora revive memórias da infância e reflete sobre a vida, reencontros e descobertas pessoais.