No meio do caminho tinha uma sandália verde... Tinha uma sandália verde no meio do caminho. A cor viva e fluorescente chegou primeiro à minha retina, seguida pela dona da sandália, tão exuberante quanto sua cor. Eu a admirei imediatamente. Só alguém com vida em abundância escolheria uma sandália daquela cor, pensei comigo.
Com a franqueza que a idade a cada dia mais me autoriza, deixei à mostra o que estava vivo em mim:
“Que sandália linda!”
Ela sorriu vivamente e trocamos ali, diante da mesa do café da manhã da pousada em que estávamos, palavras leves e gentis. Eu tomei café com meu companheiro de jornada (não gosto da palavra marido) e saímos, cada um de nós, para explorar o espaço externo, também exuberantemente verde, da pousada.
Andei um pouco pelos arredores, admirando os pássaros coloridos, quando vi o aceno de um casal dentro do carro. Percebi que me chamavam e fui ao encontro deles.
A mulher bonita que encontrara no café da manhã segurava nas mãos as mesmas sandálias verdes que me chamaram a atenção, e o homem ao seu lado disse:
“Ela quer te dar as sandálias de presente!”
Ah, não! Disse eu (guiada pelos padrões internalizados), enquanto a minha criança interior pulava de alegria pelo inesperado presente. Imediatamente ao não, quase gritei um “Aceito!”
Por que não aceitar? Ela estava tão feliz quanto eu. Sim, eu aceito.
Aceito a sandália e toda a simbologia do afeto presente naquele gesto tão delicado. Aceito a leveza de quem se separa de algo que gosta em favor do outro. Aceito a magia dos encontros e a plenitude da presença no aqui e agora!
Aceito o luminoso verde fluorescente dessa sandália como um aceno da esperança.
Renovo com ela o meu compromisso de educadora e cidadã da Terra: viemos aqui para deixar o mundo um pouco melhor.
É vivendo que nos tornamos pessoas, como apregoa Carl Rogers, e de acordo com o cancioneiro pernambucano: “Quando me movo, o mundo sai um pouquinho do lugar.”
Um pequeno gesto pode modificar a disposição interna e, quando inesperado, abrir uma interseção entre o passado e o presente, o automático e o vivenciado, a ausência de si e a presença. Uma atitude simples pode despertar um sonho ou restaurar a fé.
Não foi apenas a entrega carinhosa de uma sandália verde. Foi um sinal, um recado. Além de usá-la para caminhar, vou olhar para ela cada vez que a minha crença no humano que nos habita for abalada… Cada vez que eu me sentir desanimada, simplesmente porque:
“Existe uma sandália verde no meio do caminho.
Existe o verde no caminho.
Existe o caminho.”
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.
No meio do caminho tinha uma sandália verde... Tinha uma sandália verde no meio do caminho. A cor viva e fluorescente chegou primeiro à minha retina, seguida pela dona da sandália, tão exuberante quanto sua cor. Eu a admirei imediatamente. Só alguém com vida em abundância escolheria uma sandália daquela cor, pensei comigo.
Com a franqueza que a idade a cada dia mais me autoriza, deixei à mostra o que estava vivo em mim:
“Que sandália linda!”
Ela sorriu vivamente e trocamos ali, diante da mesa do café da manhã da pousada em que estávamos, palavras leves e gentis. Eu tomei café com meu companheiro de jornada (não gosto da palavra marido) e saímos, cada um de nós, para explorar o espaço externo, também exuberantemente verde, da pousada.
Andei um pouco pelos arredores, admirando os pássaros coloridos, quando vi o aceno de um casal dentro do carro. Percebi que me chamavam e fui ao encontro deles.
A mulher bonita que encontrara no café da manhã segurava nas mãos as mesmas sandálias verdes que me chamaram a atenção, e o homem ao seu lado disse:
“Ela quer te dar as sandálias de presente!”
Ah, não! Disse eu (guiada pelos padrões internalizados), enquanto a minha criança interior pulava de alegria pelo inesperado presente. Imediatamente ao não, quase gritei um “Aceito!”
Por que não aceitar? Ela estava tão feliz quanto eu. Sim, eu aceito.
Aceito a sandália e toda a simbologia do afeto presente naquele gesto tão delicado. Aceito a leveza de quem se separa de algo que gosta em favor do outro. Aceito a magia dos encontros e a plenitude da presença no aqui e agora!
Aceito o luminoso verde fluorescente dessa sandália como um aceno da esperança.
Renovo com ela o meu compromisso de educadora e cidadã da Terra: viemos aqui para deixar o mundo um pouco melhor.
É vivendo que nos tornamos pessoas, como apregoa Carl Rogers, e de acordo com o cancioneiro pernambucano: “Quando me movo, o mundo sai um pouquinho do lugar.”
Um pequeno gesto pode modificar a disposição interna e, quando inesperado, abrir uma interseção entre o passado e o presente, o automático e o vivenciado, a ausência de si e a presença. Uma atitude simples pode despertar um sonho ou restaurar a fé.
Não foi apenas a entrega carinhosa de uma sandália verde. Foi um sinal, um recado. Além de usá-la para caminhar, vou olhar para ela cada vez que a minha crença no humano que nos habita for abalada… Cada vez que eu me sentir desanimada, simplesmente porque:
“Existe uma sandália verde no meio do caminho.
Existe o verde no caminho.
Existe o caminho.”
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.