Nos últimos tempos, todos os dias faço limpezas nas minhas redes sociais. Minha capacidade de tolerância, que é bem elástica, nunca foi tão demandada. Pretendo permanecer serena e com capacidade de análise, logo, as providências para reduzir os estímulos recebidos são vitais.
Sinto-me navegando em um oceano de dissonâncias. Dissonância cognitiva, especialmente, evidenciada pelas distorções entre discurso, pensamento e ação de líderes, nos quais a honestidade da pregação convive com as mentiras, os roubos e as extorsões da prática. Práticas essas naturalizadas pela frequência. Algo que um dia significou ameaça à honra, hoje, pela frequência, é visto como "normal" pelos cidadãos anestesiados.
No último texto, iniciei uma sequência de análises sobre as possibilidades existentes diante da insatisfação no trabalho. Hoje, sigo com essas análises e vamos olhar a situação sob a perspectiva da decisão de sair versus permanecer no ambiente atual de trabalho. Sugiro que você leia a última publicação, caso ainda não o tenha feito.
Aprendemos a nos relacionar com outras pessoas cedo, na nossa primeira escola da vida, a família, e seguimos atualizando esse aprendizado em todos os demais relacionamentos que vivemos ao longo da nossa jornada.
Sempre houve manipulação. As mentiras atravessam os milênios da existência da nossa espécie e seguem poderosas como forma sutil de controle. O fator que altera a abrangência do seu poder é a rapidez com a qual os mecanismos de manipulação são transmitidos de uma pessoa para outra. Este fluxo está cada vez mais acelerado.
Examinando a história, encontramos absurdos perpetrados com base nos mecanismos de manipulação. Dos inúmeros exemplos, cito uns poucos: a caça às bruxas, a Inquisição, a perseguição aos judeus, a escravização e, bem recentemente, a perseguição implacável aos cientistas e aos jornalistas.