<span class="abre-texto">Há momentos que florescem</span> em meio ao cimento armado das construções internas e externas. Momentos simples, pequenos e esparsos miosótis que se esgueiram teimosos mesmo por entre a erva daninha...
Eu fui enredada um desses dias por um desses momentos.
Eu os chamo de momentos miosótis, pois essa pequena flor azul também é chamada “não-te-esqueças-de-mim”. São momentos que nos recordam quem realmente somos porque nos permitem experimentar o sagrado em nós.
Era apenas mais um dia de trabalho para o qual eu chegava um tanto desanimada. Mal acabei de entrar na escola e ela me recebeu com um sorriso mostrando um pendrive na palma da mão: “É seu?” “Sim”, respondi de imediato, e ela me mostrou a etiqueta delicada com o meu nome e continuou:
“Fiz mais para você colar nos outros, assim fica fácil de identificar” e me entregou a folha de várias etiquetas com meu nome. Senti o perfume do carinho naquele gesto. Nenhuma recriminação, nenhum julgamento, apenas o cuidado.
Há uma canção que diz: “um fio d’água na serra encanta mais que o mar”, foi esse verso que me acorreu ao ver seu gesto. Cuidado, fio d’água que corre por entre as pedras dando água a quem tem sede.
“O mundo é salvo todos os dias por diminutos gestos”, nos diz Eliane Brum. Sim, é no cotidiano que mora a real beleza do viver. São as pequenas bonitezas que alimentam a nossa alma e preservam a nossa fé.
Apesar de toda a beligerância do momento atual, tão marcado pela contínua pressa e pela liquefação permanente de todos os contornos éticos e morais, tenho visto muita beleza nos últimos tempos. É como se os meus olhos aflitos buscassem razões para continuar acreditando!
Talvez seja a consciência de tantas paisagens não contempladas no caminho percorrido que hoje me exija atenção aos pequenos gestos. Talvez só agora eu tenha olhos prontos para ver o essencial.
E ao identificar o amor nas pequenas atitudes do meu agora, percebo que o amor sempre esteve perto. Ele estava nas balinhas coloridas que o meu pai trazia aos domingos para a filharada e nas panelas ariadas da minha mãe. Era também amor o teatro de sombras na parede, inventado pela minha tia, nas noites chuvosas...
É o amor que, nessa fase da minha caminhada, se presentifica no cuidado que recebo das amigas mais novas. Inestimáveis presentes: bota quentinha e antiderrapante, pote de arroz doce feito pela filha, gerenciamento da viagem de férias, leitura prévia e amorosa dos textos que posto, arte na capa dos cadernos das minhas alunas e muitos outros.
São muitos os momentos miosótis a florescer nessa temporada!
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.
<span class="abre-texto">Há momentos que florescem</span> em meio ao cimento armado das construções internas e externas. Momentos simples, pequenos e esparsos miosótis que se esgueiram teimosos mesmo por entre a erva daninha...
Eu fui enredada um desses dias por um desses momentos.
Eu os chamo de momentos miosótis, pois essa pequena flor azul também é chamada “não-te-esqueças-de-mim”. São momentos que nos recordam quem realmente somos porque nos permitem experimentar o sagrado em nós.
Era apenas mais um dia de trabalho para o qual eu chegava um tanto desanimada. Mal acabei de entrar na escola e ela me recebeu com um sorriso mostrando um pendrive na palma da mão: “É seu?” “Sim”, respondi de imediato, e ela me mostrou a etiqueta delicada com o meu nome e continuou:
“Fiz mais para você colar nos outros, assim fica fácil de identificar” e me entregou a folha de várias etiquetas com meu nome. Senti o perfume do carinho naquele gesto. Nenhuma recriminação, nenhum julgamento, apenas o cuidado.
Há uma canção que diz: “um fio d’água na serra encanta mais que o mar”, foi esse verso que me acorreu ao ver seu gesto. Cuidado, fio d’água que corre por entre as pedras dando água a quem tem sede.
“O mundo é salvo todos os dias por diminutos gestos”, nos diz Eliane Brum. Sim, é no cotidiano que mora a real beleza do viver. São as pequenas bonitezas que alimentam a nossa alma e preservam a nossa fé.
Apesar de toda a beligerância do momento atual, tão marcado pela contínua pressa e pela liquefação permanente de todos os contornos éticos e morais, tenho visto muita beleza nos últimos tempos. É como se os meus olhos aflitos buscassem razões para continuar acreditando!
Talvez seja a consciência de tantas paisagens não contempladas no caminho percorrido que hoje me exija atenção aos pequenos gestos. Talvez só agora eu tenha olhos prontos para ver o essencial.
E ao identificar o amor nas pequenas atitudes do meu agora, percebo que o amor sempre esteve perto. Ele estava nas balinhas coloridas que o meu pai trazia aos domingos para a filharada e nas panelas ariadas da minha mãe. Era também amor o teatro de sombras na parede, inventado pela minha tia, nas noites chuvosas...
É o amor que, nessa fase da minha caminhada, se presentifica no cuidado que recebo das amigas mais novas. Inestimáveis presentes: bota quentinha e antiderrapante, pote de arroz doce feito pela filha, gerenciamento da viagem de férias, leitura prévia e amorosa dos textos que posto, arte na capa dos cadernos das minhas alunas e muitos outros.
São muitos os momentos miosótis a florescer nessa temporada!
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.