<span class="abre-texto">Estávamos em grupo: sete mulheres e um homem de idades diferentes.</span> Alguém puxou a ponta do novelo de uma história antiga... E logo carinhas travessas sob o jugo de adultos enrijecidos pelas lutas da vida encheram a sala com seus risos, medos e dores.
As meninas mais novas, ainda imersas nas histórias que estão vivendo, silenciaram. Para elas, o presente ainda em construção é um caleidoscópio gigante.
Uma história puxou outra história, e mais outra e outra mais. Éramos um grupo heterogêneo de caminhos diversos percorridos de formas variadas. A minha história ficou presa na garganta. Dentro de mim, a criança dolorida se condoeu da dor das crianças que iam falando e ficou espreitando atrás da porta dos anos já vividos.
E enquanto as crianças contavam suas histórias, a mulher velha que me habita se deteve a olhar bem de perto os adultos perdidos que surravam as crianças. Eu os vi entontecidos pelo medo que havia destruído os sonhos das crianças que um dia tinham sido.
Naquela mesa redonda, olhando os rostos iluminados pelas lembranças, eu vi caminhos pedregosos e pontes sobre os precipícios, abismos abertos que guardavam venenos e tesouros e que convidavam ao mergulho em suas sombras.
Apesar de tudo, havia o riso. E pulos altos que rasgavam as calças e saias, mas não impediam o salto. Havia a injustiça das surras sem razão, mas havia a vingança necessária como forma de reparação e equilíbrio da vida por si só.
A dor incontida dos adultos não conseguiu refrear a vida e ela se esgueirou pelos anos vindouros. Encontrou amparo nas rochas e refrigério na sombra das árvores altas e umedeceu o solo seco.
Crianças magoadas se fizeram sementes de adultos prontos a acolher o outro.
E aos poucos, as crianças crescidas compreenderam as histórias de seus pais e os acolheram em um ritual sagrado. Nasceu em nós um olhar diferente. Vimos nossos pais, ainda meninos, suas dores, seus medos e amores. Vimos juntos brotar a vida que sempre encontra uma saída para si mesma.
Um rio de amor começou a brotar de mansinho. Veio de longe, dos confins de nossa ancestralidade e chegou ao aqui e agora. Envolveu as histórias contadas, lavou lágrimas e mágoas. Tempo e espaço perderam seus contornos na fluidez da água cristalina. Amoroso batismo de renovação.
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.
<span class="abre-texto">Estávamos em grupo: sete mulheres e um homem de idades diferentes.</span> Alguém puxou a ponta do novelo de uma história antiga... E logo carinhas travessas sob o jugo de adultos enrijecidos pelas lutas da vida encheram a sala com seus risos, medos e dores.
As meninas mais novas, ainda imersas nas histórias que estão vivendo, silenciaram. Para elas, o presente ainda em construção é um caleidoscópio gigante.
Uma história puxou outra história, e mais outra e outra mais. Éramos um grupo heterogêneo de caminhos diversos percorridos de formas variadas. A minha história ficou presa na garganta. Dentro de mim, a criança dolorida se condoeu da dor das crianças que iam falando e ficou espreitando atrás da porta dos anos já vividos.
E enquanto as crianças contavam suas histórias, a mulher velha que me habita se deteve a olhar bem de perto os adultos perdidos que surravam as crianças. Eu os vi entontecidos pelo medo que havia destruído os sonhos das crianças que um dia tinham sido.
Naquela mesa redonda, olhando os rostos iluminados pelas lembranças, eu vi caminhos pedregosos e pontes sobre os precipícios, abismos abertos que guardavam venenos e tesouros e que convidavam ao mergulho em suas sombras.
Apesar de tudo, havia o riso. E pulos altos que rasgavam as calças e saias, mas não impediam o salto. Havia a injustiça das surras sem razão, mas havia a vingança necessária como forma de reparação e equilíbrio da vida por si só.
A dor incontida dos adultos não conseguiu refrear a vida e ela se esgueirou pelos anos vindouros. Encontrou amparo nas rochas e refrigério na sombra das árvores altas e umedeceu o solo seco.
Crianças magoadas se fizeram sementes de adultos prontos a acolher o outro.
E aos poucos, as crianças crescidas compreenderam as histórias de seus pais e os acolheram em um ritual sagrado. Nasceu em nós um olhar diferente. Vimos nossos pais, ainda meninos, suas dores, seus medos e amores. Vimos juntos brotar a vida que sempre encontra uma saída para si mesma.
Um rio de amor começou a brotar de mansinho. Veio de longe, dos confins de nossa ancestralidade e chegou ao aqui e agora. Envolveu as histórias contadas, lavou lágrimas e mágoas. Tempo e espaço perderam seus contornos na fluidez da água cristalina. Amoroso batismo de renovação.
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.