<span class="abre-texto">Estávamos em grupo: sete mulheres e um homem de idades diferentes.</span> Alguém puxou a ponta do novelo de uma história antiga... E logo carinhas travessas sob o jugo de adultos enrijecidos pelas lutas da vida encheram a sala com seus risos, medos e dores.
As meninas mais novas, ainda imersas nas histórias que estão vivendo, silenciaram. Para elas, o presente ainda em construção é um caleidoscópio gigante.
Uma história puxou outra história, e mais outra e outra mais. Éramos um grupo heterogêneo de caminhos diversos percorridos de formas variadas. A minha história ficou presa na garganta. Dentro de mim, a criança dolorida se condoeu da dor das crianças que iam falando e ficou espreitando atrás da porta dos anos já vividos.
E enquanto as crianças contavam suas histórias, a mulher velha que me habita se deteve a olhar bem de perto os adultos perdidos que surravam as crianças. Eu os vi entontecidos pelo medo que havia destruído os sonhos das crianças que um dia tinham sido.
Naquela mesa redonda, olhando os rostos iluminados pelas lembranças, eu vi caminhos pedregosos e pontes sobre os precipícios, abismos abertos que guardavam venenos e tesouros e que convidavam ao mergulho em suas sombras.
Apesar de tudo, havia o riso. E pulos altos que rasgavam as calças e saias, mas não impediam o salto. Havia a injustiça das surras sem razão, mas havia a vingança necessária como forma de reparação e equilíbrio da vida por si só.
A dor incontida dos adultos não conseguiu refrear a vida e ela se esgueirou pelos anos vindouros. Encontrou amparo nas rochas e refrigério na sombra das árvores altas e umedeceu o solo seco.
Crianças magoadas se fizeram sementes de adultos prontos a acolher o outro.
E aos poucos, as crianças crescidas compreenderam as histórias de seus pais e os acolheram em um ritual sagrado. Nasceu em nós um olhar diferente. Vimos nossos pais, ainda meninos, suas dores, seus medos e amores. Vimos juntos brotar a vida que sempre encontra uma saída para si mesma.
Um rio de amor começou a brotar de mansinho. Veio de longe, dos confins de nossa ancestralidade e chegou ao aqui e agora. Envolveu as histórias contadas, lavou lágrimas e mágoas. Tempo e espaço perderam seus contornos na fluidez da água cristalina. Amoroso batismo de renovação.
O festival de música Rock in Rio inicia nesta sexta-feira (13) e segue até domingo (22) na Cidade do Rock, localizada na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
O evento completa 40 anos da sua primeira edição e promete uma celebração histórica. A organização espera receber mais de 700 mil pessoas, entre moradores do estado, turistas brasileiros e estrangeiros.
Pesquisa do Instituto Alana indica que nove em cada dez brasileiros acreditam que as redes sociais não protegem crianças e adolescentes. O levantamento, realizado pelo Datafolha, ouviu 2.009 pessoas, com 16 anos ou mais, de todas as classes sociais, entre os dias 12 e 18 de julho.
Segundo o estudo, divulgado nesta quinta-feira (12), 97% dos entrevistados defendem que as empresas deveriam adotar medidas para proteger crianças e adolescentes na internet, através da comprovação de identidade, melhoria no atendimento ao consumidor para denúncias, proibição de publicidade e venda para crianças, fim da reprodução automática e da rolagem infinita de vídeos e limitação de tempo de uso dos serviços.
<span class="abre-texto">Estávamos em grupo: sete mulheres e um homem de idades diferentes.</span> Alguém puxou a ponta do novelo de uma história antiga... E logo carinhas travessas sob o jugo de adultos enrijecidos pelas lutas da vida encheram a sala com seus risos, medos e dores.
As meninas mais novas, ainda imersas nas histórias que estão vivendo, silenciaram. Para elas, o presente ainda em construção é um caleidoscópio gigante.
Uma história puxou outra história, e mais outra e outra mais. Éramos um grupo heterogêneo de caminhos diversos percorridos de formas variadas. A minha história ficou presa na garganta. Dentro de mim, a criança dolorida se condoeu da dor das crianças que iam falando e ficou espreitando atrás da porta dos anos já vividos.
E enquanto as crianças contavam suas histórias, a mulher velha que me habita se deteve a olhar bem de perto os adultos perdidos que surravam as crianças. Eu os vi entontecidos pelo medo que havia destruído os sonhos das crianças que um dia tinham sido.
Naquela mesa redonda, olhando os rostos iluminados pelas lembranças, eu vi caminhos pedregosos e pontes sobre os precipícios, abismos abertos que guardavam venenos e tesouros e que convidavam ao mergulho em suas sombras.
Apesar de tudo, havia o riso. E pulos altos que rasgavam as calças e saias, mas não impediam o salto. Havia a injustiça das surras sem razão, mas havia a vingança necessária como forma de reparação e equilíbrio da vida por si só.
A dor incontida dos adultos não conseguiu refrear a vida e ela se esgueirou pelos anos vindouros. Encontrou amparo nas rochas e refrigério na sombra das árvores altas e umedeceu o solo seco.
Crianças magoadas se fizeram sementes de adultos prontos a acolher o outro.
E aos poucos, as crianças crescidas compreenderam as histórias de seus pais e os acolheram em um ritual sagrado. Nasceu em nós um olhar diferente. Vimos nossos pais, ainda meninos, suas dores, seus medos e amores. Vimos juntos brotar a vida que sempre encontra uma saída para si mesma.
Um rio de amor começou a brotar de mansinho. Veio de longe, dos confins de nossa ancestralidade e chegou ao aqui e agora. Envolveu as histórias contadas, lavou lágrimas e mágoas. Tempo e espaço perderam seus contornos na fluidez da água cristalina. Amoroso batismo de renovação.
O festival de música Rock in Rio inicia nesta sexta-feira (13) e segue até domingo (22) na Cidade do Rock, localizada na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
O evento completa 40 anos da sua primeira edição e promete uma celebração histórica. A organização espera receber mais de 700 mil pessoas, entre moradores do estado, turistas brasileiros e estrangeiros.
Pesquisa do Instituto Alana indica que nove em cada dez brasileiros acreditam que as redes sociais não protegem crianças e adolescentes. O levantamento, realizado pelo Datafolha, ouviu 2.009 pessoas, com 16 anos ou mais, de todas as classes sociais, entre os dias 12 e 18 de julho.
Segundo o estudo, divulgado nesta quinta-feira (12), 97% dos entrevistados defendem que as empresas deveriam adotar medidas para proteger crianças e adolescentes na internet, através da comprovação de identidade, melhoria no atendimento ao consumidor para denúncias, proibição de publicidade e venda para crianças, fim da reprodução automática e da rolagem infinita de vídeos e limitação de tempo de uso dos serviços.