Hélio Oiticica compreende a arte como um campo de epistemologia anárquica onde as experiências e os processos não são percebidos como lineares, evolutivos ou homogêneos. Para o autor, em todos os tempos, os artistas revisitam tanto as experiências que “deram certo” quanto as que “não deram certo” em novas combinações semânticas, confrontado os paradigmas que a arte definiu para si. (Oiticica, 1986, p.121)
A terra é ao mesmo tempo o lugar onde vivemos e o solo no qual pisamos, com diferentes tonalidades, colorações e texturas dependendo de suas propriedades físicas, químicas e mineralógicas. Na Carta de Munsell (2015), há aproximadamente 170 cores de terra (matizes, valor e croma) no Brasil. As tintas desenvolvidas a partir destes pigmentos nunca desbotam, mesmo sob sol forte. Além disso, não apresentam problemas de conservação e não criam fungos — tanto na pintura como na tinta (Bermond, 2024).
Aliado ao uso da terra como pigmento para a impressão das gravuras, a artista também utilizou descartes de MDF como matrizes. A terra é um material de preparo simples e um recurso renovável de baixo custo. O processo da separação de suas impurezas pode envolver secagem, moagem, peneiração, filtragem e até mesmo decantação. Em seguida, este pigmento é associado a uma goma preparada com amido de mandioca fermentado (polvilho azedo) e ácido acético (vinagre). A matriz de MDF, já lixada, aumenta a aderência da tinta, que é aplicada com rolos, do mesmo modo que as tintas industriais. A utilização destes materiais alternativos demonstra as possibilidades de criação de uma rica paleta de cores, texturas e transparências, além de prover efeitos únicos que conectam a obra à própria terra de onde o pigmento foi extraído. Para as matrizes, a artista escolheu resíduos industriais de MDF, obtidos em locais de descartes. Esse recurso, assim como a terra, também pode ser considerado sustentável pois busca a redução do desperdício de um material subutilizado, possibilitando um novo ciclo de vida para ele.
Os formatos das matrizes foram selecionados pela artista visando um resultado pré-estabelecido. Os recortes de retângulos e quadrados, podem remeter a ideia de construções de cidades e de prédios, de superpopulação, da vida urbana, da agitação, do trabalho e tecnologias. A terra pode remeter ao habitat natural humano e os resíduos de MDF podem se conectar à sua materialidade. No campo artístico da gravura, a combinação da terra aos resíduos de MDF oferece novas possibilidades para artistas que desejam expressar uma consciência à sustentabilidade por meio da ressignificação destes materiais.
Por Miriam Pereira Canfield.
O festival de música Rock in Rio inicia nesta sexta-feira (13) e segue até domingo (22) na Cidade do Rock, localizada na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
O evento completa 40 anos da sua primeira edição e promete uma celebração histórica. A organização espera receber mais de 700 mil pessoas, entre moradores do estado, turistas brasileiros e estrangeiros.
Pesquisa do Instituto Alana indica que nove em cada dez brasileiros acreditam que as redes sociais não protegem crianças e adolescentes. O levantamento, realizado pelo Datafolha, ouviu 2.009 pessoas, com 16 anos ou mais, de todas as classes sociais, entre os dias 12 e 18 de julho.
Segundo o estudo, divulgado nesta quinta-feira (12), 97% dos entrevistados defendem que as empresas deveriam adotar medidas para proteger crianças e adolescentes na internet, através da comprovação de identidade, melhoria no atendimento ao consumidor para denúncias, proibição de publicidade e venda para crianças, fim da reprodução automática e da rolagem infinita de vídeos e limitação de tempo de uso dos serviços.
Hélio Oiticica compreende a arte como um campo de epistemologia anárquica onde as experiências e os processos não são percebidos como lineares, evolutivos ou homogêneos. Para o autor, em todos os tempos, os artistas revisitam tanto as experiências que “deram certo” quanto as que “não deram certo” em novas combinações semânticas, confrontado os paradigmas que a arte definiu para si. (Oiticica, 1986, p.121)
A terra é ao mesmo tempo o lugar onde vivemos e o solo no qual pisamos, com diferentes tonalidades, colorações e texturas dependendo de suas propriedades físicas, químicas e mineralógicas. Na Carta de Munsell (2015), há aproximadamente 170 cores de terra (matizes, valor e croma) no Brasil. As tintas desenvolvidas a partir destes pigmentos nunca desbotam, mesmo sob sol forte. Além disso, não apresentam problemas de conservação e não criam fungos — tanto na pintura como na tinta (Bermond, 2024).
Aliado ao uso da terra como pigmento para a impressão das gravuras, a artista também utilizou descartes de MDF como matrizes. A terra é um material de preparo simples e um recurso renovável de baixo custo. O processo da separação de suas impurezas pode envolver secagem, moagem, peneiração, filtragem e até mesmo decantação. Em seguida, este pigmento é associado a uma goma preparada com amido de mandioca fermentado (polvilho azedo) e ácido acético (vinagre). A matriz de MDF, já lixada, aumenta a aderência da tinta, que é aplicada com rolos, do mesmo modo que as tintas industriais. A utilização destes materiais alternativos demonstra as possibilidades de criação de uma rica paleta de cores, texturas e transparências, além de prover efeitos únicos que conectam a obra à própria terra de onde o pigmento foi extraído. Para as matrizes, a artista escolheu resíduos industriais de MDF, obtidos em locais de descartes. Esse recurso, assim como a terra, também pode ser considerado sustentável pois busca a redução do desperdício de um material subutilizado, possibilitando um novo ciclo de vida para ele.
Os formatos das matrizes foram selecionados pela artista visando um resultado pré-estabelecido. Os recortes de retângulos e quadrados, podem remeter a ideia de construções de cidades e de prédios, de superpopulação, da vida urbana, da agitação, do trabalho e tecnologias. A terra pode remeter ao habitat natural humano e os resíduos de MDF podem se conectar à sua materialidade. No campo artístico da gravura, a combinação da terra aos resíduos de MDF oferece novas possibilidades para artistas que desejam expressar uma consciência à sustentabilidade por meio da ressignificação destes materiais.
Por Miriam Pereira Canfield.
O festival de música Rock in Rio inicia nesta sexta-feira (13) e segue até domingo (22) na Cidade do Rock, localizada na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
O evento completa 40 anos da sua primeira edição e promete uma celebração histórica. A organização espera receber mais de 700 mil pessoas, entre moradores do estado, turistas brasileiros e estrangeiros.
Pesquisa do Instituto Alana indica que nove em cada dez brasileiros acreditam que as redes sociais não protegem crianças e adolescentes. O levantamento, realizado pelo Datafolha, ouviu 2.009 pessoas, com 16 anos ou mais, de todas as classes sociais, entre os dias 12 e 18 de julho.
Segundo o estudo, divulgado nesta quinta-feira (12), 97% dos entrevistados defendem que as empresas deveriam adotar medidas para proteger crianças e adolescentes na internet, através da comprovação de identidade, melhoria no atendimento ao consumidor para denúncias, proibição de publicidade e venda para crianças, fim da reprodução automática e da rolagem infinita de vídeos e limitação de tempo de uso dos serviços.