Depois de grandes tragédias, catástrofes ou eventos emocionalmente impactantes, chega o momento do recomeço. Recomeçar não significa iniciar algo do zero, mas sim partir do ponto onde paramos. Nesse reinício, por vezes, nos vemos desorientados, sem saber identificar, na confusão do momento, de onde partir e para onde ir. Estamos machucados, sensíveis, e a emoção toma conta. Planos e ações parecem impossíveis, como se fossem inalcançáveis.
Tenho assistido a diversos vídeos que falam sobre o desapego dos bens materiais, pois são transitórios, e penso no quanto isso é complexo. Atribuímos valor aos bens materiais, mas não estou falando apenas dos objetos, e sim de todas as memórias e significados que os envolvem.
A casa não é apenas uma residência; é o lugar seguro de alguém, a garantia de ter para onde ir ao fim do dia. Foi o local construído ou adquirido com esforço, trabalho e decisões difíceis, feitas em prol dessa conquista, e que significa muito mais do que o próprio bem.
Aquele presente especial, dado por uma pessoa importante, que sempre esteve por perto cuidando de tudo e de todos, que sempre ofereceu um colo ou uma palavra amorosa e de incentivo, representa todas as memórias e momentos especiais ao lado daquela pessoa.
Parte da minha família mora no Rio Grande do Sul, o que me permitiu acompanhar de perto a grande tragédia recente. Ao visitá-los para dar início ao mutirão de limpeza, me deparei com a realidade da reconstrução após a água baixar.
Objetos significativos desmontados, cobertos pela lama, quebrados, perdidos em momentos de catástrofes, são empilhados pela força do vento ou da água, ou até mesmo após uma seleção do que fica e do que vai embora. Essas pilhas podem ser apenas lixo para aqueles que não sabem reconhecer ou não foram marcados por elas.
Porém, individualmente, cada objeto dessa pilha tem um significado, uma história, uma memória, um valor imensurável. Sob essa perspectiva, sim, é difícil desapegar.
Algo importante de ser lembrado é que, se esses objetos têm valor emocional, eles nos marcaram de alguma maneira e, independentemente da existência física deles, a história e a memória emocional estarão para sempre conosco. Daqui em diante, novas memórias serão construídas a partir das histórias vividas.
Algumas coisas fazemos questão de devolver para a enchente ou para a tempestade, pois não cabem mais na nossa vida e nos nossos espaços. Esses são bem mais fáceis de abrir mão.
Quando eventos emocionalmente impactantes ocorrem na nossa vida, imagino processos semelhantes acontecendo dentro de nós. Um evento externo ocorre e nos desestrutura por dentro, nos tira nosso alicerce, faz a gente se sentir perdido ou sem chão. Depois que o evento "assenta", precisamos recomeçar, limpar dentro da gente o que precisa ser limpo, encontrar partes de nós que parecem perdidas, remontar essas partes dando novos significados e formas a elas, e decidir que algumas coisas dentro de nós simplesmente precisam ser abandonadas, para que novos eventos ou pessoas aconteçam para nós, criando novas possibilidades para os espaços vazios.
Em um primeiro momento, tudo isso pode parecer impossível, mas, aos poucos, os pedaços vão se encaixando, tomando forma e nos apresentando novos ganhos, novas formas, antes desconhecidas.
Por vezes somos forçados a escolher novos caminhos, mas só somos capazes de tomar essas decisões e seguir adiante porque tudo isso apenas nos fortaleceu.
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.
Depois de grandes tragédias, catástrofes ou eventos emocionalmente impactantes, chega o momento do recomeço. Recomeçar não significa iniciar algo do zero, mas sim partir do ponto onde paramos. Nesse reinício, por vezes, nos vemos desorientados, sem saber identificar, na confusão do momento, de onde partir e para onde ir. Estamos machucados, sensíveis, e a emoção toma conta. Planos e ações parecem impossíveis, como se fossem inalcançáveis.
Tenho assistido a diversos vídeos que falam sobre o desapego dos bens materiais, pois são transitórios, e penso no quanto isso é complexo. Atribuímos valor aos bens materiais, mas não estou falando apenas dos objetos, e sim de todas as memórias e significados que os envolvem.
A casa não é apenas uma residência; é o lugar seguro de alguém, a garantia de ter para onde ir ao fim do dia. Foi o local construído ou adquirido com esforço, trabalho e decisões difíceis, feitas em prol dessa conquista, e que significa muito mais do que o próprio bem.
Aquele presente especial, dado por uma pessoa importante, que sempre esteve por perto cuidando de tudo e de todos, que sempre ofereceu um colo ou uma palavra amorosa e de incentivo, representa todas as memórias e momentos especiais ao lado daquela pessoa.
Parte da minha família mora no Rio Grande do Sul, o que me permitiu acompanhar de perto a grande tragédia recente. Ao visitá-los para dar início ao mutirão de limpeza, me deparei com a realidade da reconstrução após a água baixar.
Objetos significativos desmontados, cobertos pela lama, quebrados, perdidos em momentos de catástrofes, são empilhados pela força do vento ou da água, ou até mesmo após uma seleção do que fica e do que vai embora. Essas pilhas podem ser apenas lixo para aqueles que não sabem reconhecer ou não foram marcados por elas.
Porém, individualmente, cada objeto dessa pilha tem um significado, uma história, uma memória, um valor imensurável. Sob essa perspectiva, sim, é difícil desapegar.
Algo importante de ser lembrado é que, se esses objetos têm valor emocional, eles nos marcaram de alguma maneira e, independentemente da existência física deles, a história e a memória emocional estarão para sempre conosco. Daqui em diante, novas memórias serão construídas a partir das histórias vividas.
Algumas coisas fazemos questão de devolver para a enchente ou para a tempestade, pois não cabem mais na nossa vida e nos nossos espaços. Esses são bem mais fáceis de abrir mão.
Quando eventos emocionalmente impactantes ocorrem na nossa vida, imagino processos semelhantes acontecendo dentro de nós. Um evento externo ocorre e nos desestrutura por dentro, nos tira nosso alicerce, faz a gente se sentir perdido ou sem chão. Depois que o evento "assenta", precisamos recomeçar, limpar dentro da gente o que precisa ser limpo, encontrar partes de nós que parecem perdidas, remontar essas partes dando novos significados e formas a elas, e decidir que algumas coisas dentro de nós simplesmente precisam ser abandonadas, para que novos eventos ou pessoas aconteçam para nós, criando novas possibilidades para os espaços vazios.
Em um primeiro momento, tudo isso pode parecer impossível, mas, aos poucos, os pedaços vão se encaixando, tomando forma e nos apresentando novos ganhos, novas formas, antes desconhecidas.
Por vezes somos forçados a escolher novos caminhos, mas só somos capazes de tomar essas decisões e seguir adiante porque tudo isso apenas nos fortaleceu.
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.