Corrida para a Prefeitura de Curitiba

Opinião

Mito de Níobe ajuda a decifrar comportamentos egocêntricos

Exploração das diferenças entre egocentrismo e narcisismo usando a metáfora do Mito de Níobe na psicologia.Exploração das diferenças entre egocentrismo e narcisismo usando a metáfora do Mito de Níobe na psicologia.
Vinícius Sgarbe
/
Adobe Firefly
Marta Moneo

<span class="abre-texto">Em atendimento recente, certa paciente</span> apresentou sua dúvida sobre egocentrismo e narcisismo pois, por sua lente, enxergava que significavam uma mesma coisa, caracterizando ambos o erro de uma pessoa pensar apenas em si e de agir só levando em conta seus desejos.

Naquele momento, achei pertinente propor a reflexão sobre o sentimento do orgulho e fiz uso de um recurso clínico bastante proveitoso: a metáfora. Recorri à mitologia grega, precisamente ao Mito de Níobe, aquela que teria sido ao mesmo tempo neta de Zeus (enquanto filha de Tântalo com Dione) e uma das noras dele (por se casar com Anfião, filho de Zeus com Antíope).

Níobe, a mortal rainha de Tebas da Grécia Central, dá à luz catorze filhos, sete filhas e sete filhos. Ostentando beleza, nobreza e riqueza, exibe sua maternidade com vaidade, arrogância e prepotência, alimentando ainda assim grande inveja para com a deusa Leto, uma das amantes de Zeus e mãe de dois filhos dele (Apolo e Ártemis).

Indignada com a devoção de seu povo àquela divindade, a esposa de Anfião escancara sua revolta no interior do templo, atribuindo-se o merecimento em ser vista igualmente como uma deusa. Brada que vive, ela sim, próxima a seus súditos e põe em xeque a competência de Leto quanto à fertilidade, alegando que, por ter sete vezes mais filhos do que a desafeta, caso perdesse algum não correria o risco de sofrer tanto. Sob suas ordens, os súditos da monarca passam a diminuir as homenagens prestadas à Leto que, enfurecida com a retaliação e a arrogância da mortal, desabafa com seus filhos.

Apolo e Ártemis, ao verem o sofrimento materno, decidem por matar todos os sete filhos de Níobe, o que leva Anfião ao suicídio. Em desespero, a rainha pede perdão à deusa, mas as filhas também vão sendo arrebatadas pela morte precoce, falecendo a última delas nos braços da mãe o que dá origem a um pranto ininterrupto da rainha por sua infinita dor. Um dos filhos de Zeus, apiedado de seu estado, decide transformá-la então em pedra para não sofrer mais.

"Nas encostas do Sipylos encontra-se o relevo rochoso de Manisa, já atestado na antiguidade, que mostra uma figura sentada". Tradução nossa. Fonte da imagem e da legenda: Wikipedia. Nesta publicação, as laterais da imagem foram ampliadas com uso de inteligência artificial.

Seu corpo petrificado estaria próximo do Monte Sípilo, na Turquia — pedra cujo contorno sugere a silhueta de uma pessoa humildemente vergada sobre si e que verte água ininterruptamente, conhecida como a Rocha que chora (devido à natureza porosa do calcário, a água das chuvas se infiltra e goteja). Ela tem sido identificada com Níobe desde a época de Homero.

Por intermédio da analogia, torna-se possível o processamento de novas leituras sobre nossas certezas e lembranças já que ela sugere e permite uma conexão por identificação às vivências e percepções pessoais; logo, a metáfora pode ser lida como estrutura organizadora da realidade psíquica ao possibilitar a desconstrução de crenças e emoções cristalizadas na consciência.

Voltando agora ao começo, uma das tendências primitivas mais impregnadas no humano — e amplamente verificada em espécies do reino animal — é a da manifestação do orgulho, um dos sentimentos egocêntricos que pode vincular-se à errônea pretensão de superioridade em relação a seus pares e que nos ofereceria o reconhecimento e a segurança que não enxergamos ser capazes de suprir. Portanto, desfazendo esse viés de estigmatização, o orgulho pode ser dividido em duas vertentes: o dignificante e o aético.

Sobre o primeiro, aquele que carecemos endossar para nos valorar ante as boas conquistas (sejam nossas ou de terceiros) e que não carrega o intuito de ferir quem quer que seja, este orgulho, sim, é necessário que seja nutrido, pois cabe ao Eu se saber como o único responsável em bem gestar a própria autoestima, operando à edificação do autoamor, da autoconfiança, de se sentir competente e hábil em protagonizar sua mais bonita história enquanto sujeito. Eis aqui o estado egocêntrico se apresentando como o fomentador dessas ações qualitativas.

Na contramão do virtuoso, temos o orgulho a se banhar no excesso da vangloria do Eu; este, de forma narcísica, elege a si mesmo como o melhor, o mais perfeito, o mais importante, o único.

Ao status de excelência e supremacia, junta-se o da vaidade espelhada por Narciso. Eis então que o Eu, em sua ufania, saboreia o ato em diminuir o outro, de forma inconsequente e pouco refletida, comparando-se sempre – como convém a quem, na verdade, identifica-se como alguém menor, aquém, inferior aos demais, por isso a necessidade de ir ao oposto e negar suas imperfeições... a análise clínica captura esse contraditório a infelicitar o paciente em seu sofrer.

Nascemos todos dependentes de proteção, acolhimento e carinho. Necessidades fisiológicas, de segurança e reconhecimento não cessam durante o trajeto chamado Vida; previsivelmente, eu, você e quem quer que seja somos pessoas assujeitadas a vulnerabilidades e carências.

Passamos do narcisismo primário (onde nada externo nos desautoriza e o que existe no entorno lá está para suprir as necessidades do Eu) ao secundário (no impactante envolvimento com o mundo externo após a perda da pretensa onipotência), operando a introjeção do simbólico e da linguagem pouco a pouco, formulando sentidos no contato com padrões culturais e nas relações com o Outro (atores sociais) e modelando memórias e valores. Em sendo suficientemente boa essa interação familiar e social, poderemos: desenvolver o egocentrismo de maneira equilibrada, apaziguada e com menos dependência emocional em relação a pessoas, coisas ou sistemas; teremos melhor estrutura psíquica ao desenvolvimento da empatia, de nos posicionar em sentimento no lugar de outrem; e, em boa medida, atuar em favor de nossas conquistas e desafios para saborear a autorrealização do Self.

Níobe, ao reconhecer sua humanidade — a de ser mortal, embora pretendesse a eternização de si mesma como deusa — descendo do alto de sua necessidade por evidenciação e aplausos, entende a duras penas sobre os desafiadores passos requeridos ao desenvolvimento das virtudes. Porque muitos lutos precisam ser realizados em nossos baús internos e arcaicos à busca de nos compreendermos como sujeitos em eterna (re)construção, caminheiros de uma trilha onde outros também caminham.

Bom realmente será o trajeto quando, independente das presenças e de quem siga conosco, pudermos partilhar a solidariedade e a misericórdia, a humildade e o respeito ao que o outro possa oferecer de si. Sem julgamento ou comparação. Apenas usufruindo e agradecendo essa competência em fazer nosso melhor, em usufruir a maternidade das boas sementes que nos habitam (como não o fez Níobe), abdicando da necessidade de desmerecer para se ampliar.

Última atualização
2/5/2024 11:23
Marta Moneo
Pós-graduada em A Psicanálise do Século XXI, pela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap); Pós-graduada em psicanálise, pela Faculdade Álvares de Azevedo (Faatesp); Formação em psicanálise, pelo Centro de Formação em Psicanálise Clínica Illumen, com sede em São Paulo desde 2010. Outras formações acadêmicas: graduação em administração de empresas, pela Faculdade Ibero-Americana; graduação em letras, pelo Instituto Municipal de Ensino Superior (Imes) Catanduva; Leciona psicanálise, atua como analista didática e supervisora na preparação psicanalítica de alunos do Illumen. Atua na clínica psicanalítica desde 2017, com maior direcionamento ao público infanto-juvenil e adolescente.

Rock in Rio inicia nesta sexta-feira (13) e segue até domingo (22)

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Redação Cidade Capital
13/9/2024 11:00

O festival de música Rock in Rio inicia nesta sexta-feira (13) e segue até domingo (22) na Cidade do Rock, localizada na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. 

O evento completa 40 anos da sua primeira edição e promete uma celebração histórica. A organização espera receber mais de 700 mil pessoas, entre moradores do estado, turistas brasileiros e estrangeiros.

No Brasil, 90% acredita que redes sociais não protegem crianças

No Brasil, 90% acredita que redes sociais não protegem crianças

Redação Cidade Capital
13/9/2024 9:53

Pesquisa do Instituto Alana indica que nove em cada dez brasileiros acreditam que as redes sociais não protegem crianças e adolescentes. O levantamento, realizado pelo Datafolha, ouviu 2.009 pessoas, com 16 anos ou mais, de todas as classes sociais, entre os dias 12 e 18 de julho.

Segundo o estudo, divulgado nesta quinta-feira (12), 97% dos entrevistados defendem que as empresas deveriam adotar medidas para proteger crianças e adolescentes na internet, através da comprovação de identidade, melhoria no atendimento ao consumidor para denúncias, proibição de publicidade e venda para crianças, fim da reprodução automática e da rolagem infinita de vídeos e limitação de tempo de uso dos serviços.

Opinião

Mito de Níobe ajuda a decifrar comportamentos egocêntricos

Exploração das diferenças entre egocentrismo e narcisismo usando a metáfora do Mito de Níobe na psicologia.Exploração das diferenças entre egocentrismo e narcisismo usando a metáfora do Mito de Níobe na psicologia.
Vinícius Sgarbe
/
Adobe Firefly
Marta Moneo
Pós-graduada em A Psicanálise do Século XXI, pela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap); Pós-graduada em psicanálise, pela Faculdade Álvares de Azevedo (Faatesp); Formação em psicanálise, pelo Centro de Formação em Psicanálise Clínica Illumen, com sede em São Paulo desde 2010. Outras formações acadêmicas: graduação em administração de empresas, pela Faculdade Ibero-Americana; graduação em letras, pelo Instituto Municipal de Ensino Superior (Imes) Catanduva; Leciona psicanálise, atua como analista didática e supervisora na preparação psicanalítica de alunos do Illumen. Atua na clínica psicanalítica desde 2017, com maior direcionamento ao público infanto-juvenil e adolescente.
2/5/2024 11:13
Marta Moneo

O orgulho sob um olhar mitológico

<span class="abre-texto">Em atendimento recente, certa paciente</span> apresentou sua dúvida sobre egocentrismo e narcisismo pois, por sua lente, enxergava que significavam uma mesma coisa, caracterizando ambos o erro de uma pessoa pensar apenas em si e de agir só levando em conta seus desejos.

Naquele momento, achei pertinente propor a reflexão sobre o sentimento do orgulho e fiz uso de um recurso clínico bastante proveitoso: a metáfora. Recorri à mitologia grega, precisamente ao Mito de Níobe, aquela que teria sido ao mesmo tempo neta de Zeus (enquanto filha de Tântalo com Dione) e uma das noras dele (por se casar com Anfião, filho de Zeus com Antíope).

Níobe, a mortal rainha de Tebas da Grécia Central, dá à luz catorze filhos, sete filhas e sete filhos. Ostentando beleza, nobreza e riqueza, exibe sua maternidade com vaidade, arrogância e prepotência, alimentando ainda assim grande inveja para com a deusa Leto, uma das amantes de Zeus e mãe de dois filhos dele (Apolo e Ártemis).

Indignada com a devoção de seu povo àquela divindade, a esposa de Anfião escancara sua revolta no interior do templo, atribuindo-se o merecimento em ser vista igualmente como uma deusa. Brada que vive, ela sim, próxima a seus súditos e põe em xeque a competência de Leto quanto à fertilidade, alegando que, por ter sete vezes mais filhos do que a desafeta, caso perdesse algum não correria o risco de sofrer tanto. Sob suas ordens, os súditos da monarca passam a diminuir as homenagens prestadas à Leto que, enfurecida com a retaliação e a arrogância da mortal, desabafa com seus filhos.

Apolo e Ártemis, ao verem o sofrimento materno, decidem por matar todos os sete filhos de Níobe, o que leva Anfião ao suicídio. Em desespero, a rainha pede perdão à deusa, mas as filhas também vão sendo arrebatadas pela morte precoce, falecendo a última delas nos braços da mãe o que dá origem a um pranto ininterrupto da rainha por sua infinita dor. Um dos filhos de Zeus, apiedado de seu estado, decide transformá-la então em pedra para não sofrer mais.

"Nas encostas do Sipylos encontra-se o relevo rochoso de Manisa, já atestado na antiguidade, que mostra uma figura sentada". Tradução nossa. Fonte da imagem e da legenda: Wikipedia. Nesta publicação, as laterais da imagem foram ampliadas com uso de inteligência artificial.

Seu corpo petrificado estaria próximo do Monte Sípilo, na Turquia — pedra cujo contorno sugere a silhueta de uma pessoa humildemente vergada sobre si e que verte água ininterruptamente, conhecida como a Rocha que chora (devido à natureza porosa do calcário, a água das chuvas se infiltra e goteja). Ela tem sido identificada com Níobe desde a época de Homero.

Por intermédio da analogia, torna-se possível o processamento de novas leituras sobre nossas certezas e lembranças já que ela sugere e permite uma conexão por identificação às vivências e percepções pessoais; logo, a metáfora pode ser lida como estrutura organizadora da realidade psíquica ao possibilitar a desconstrução de crenças e emoções cristalizadas na consciência.

Voltando agora ao começo, uma das tendências primitivas mais impregnadas no humano — e amplamente verificada em espécies do reino animal — é a da manifestação do orgulho, um dos sentimentos egocêntricos que pode vincular-se à errônea pretensão de superioridade em relação a seus pares e que nos ofereceria o reconhecimento e a segurança que não enxergamos ser capazes de suprir. Portanto, desfazendo esse viés de estigmatização, o orgulho pode ser dividido em duas vertentes: o dignificante e o aético.

Sobre o primeiro, aquele que carecemos endossar para nos valorar ante as boas conquistas (sejam nossas ou de terceiros) e que não carrega o intuito de ferir quem quer que seja, este orgulho, sim, é necessário que seja nutrido, pois cabe ao Eu se saber como o único responsável em bem gestar a própria autoestima, operando à edificação do autoamor, da autoconfiança, de se sentir competente e hábil em protagonizar sua mais bonita história enquanto sujeito. Eis aqui o estado egocêntrico se apresentando como o fomentador dessas ações qualitativas.

Na contramão do virtuoso, temos o orgulho a se banhar no excesso da vangloria do Eu; este, de forma narcísica, elege a si mesmo como o melhor, o mais perfeito, o mais importante, o único.

Ao status de excelência e supremacia, junta-se o da vaidade espelhada por Narciso. Eis então que o Eu, em sua ufania, saboreia o ato em diminuir o outro, de forma inconsequente e pouco refletida, comparando-se sempre – como convém a quem, na verdade, identifica-se como alguém menor, aquém, inferior aos demais, por isso a necessidade de ir ao oposto e negar suas imperfeições... a análise clínica captura esse contraditório a infelicitar o paciente em seu sofrer.

Nascemos todos dependentes de proteção, acolhimento e carinho. Necessidades fisiológicas, de segurança e reconhecimento não cessam durante o trajeto chamado Vida; previsivelmente, eu, você e quem quer que seja somos pessoas assujeitadas a vulnerabilidades e carências.

Passamos do narcisismo primário (onde nada externo nos desautoriza e o que existe no entorno lá está para suprir as necessidades do Eu) ao secundário (no impactante envolvimento com o mundo externo após a perda da pretensa onipotência), operando a introjeção do simbólico e da linguagem pouco a pouco, formulando sentidos no contato com padrões culturais e nas relações com o Outro (atores sociais) e modelando memórias e valores. Em sendo suficientemente boa essa interação familiar e social, poderemos: desenvolver o egocentrismo de maneira equilibrada, apaziguada e com menos dependência emocional em relação a pessoas, coisas ou sistemas; teremos melhor estrutura psíquica ao desenvolvimento da empatia, de nos posicionar em sentimento no lugar de outrem; e, em boa medida, atuar em favor de nossas conquistas e desafios para saborear a autorrealização do Self.

Níobe, ao reconhecer sua humanidade — a de ser mortal, embora pretendesse a eternização de si mesma como deusa — descendo do alto de sua necessidade por evidenciação e aplausos, entende a duras penas sobre os desafiadores passos requeridos ao desenvolvimento das virtudes. Porque muitos lutos precisam ser realizados em nossos baús internos e arcaicos à busca de nos compreendermos como sujeitos em eterna (re)construção, caminheiros de uma trilha onde outros também caminham.

Bom realmente será o trajeto quando, independente das presenças e de quem siga conosco, pudermos partilhar a solidariedade e a misericórdia, a humildade e o respeito ao que o outro possa oferecer de si. Sem julgamento ou comparação. Apenas usufruindo e agradecendo essa competência em fazer nosso melhor, em usufruir a maternidade das boas sementes que nos habitam (como não o fez Níobe), abdicando da necessidade de desmerecer para se ampliar.

Marta Moneo
Pós-graduada em A Psicanálise do Século XXI, pela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap); Pós-graduada em psicanálise, pela Faculdade Álvares de Azevedo (Faatesp); Formação em psicanálise, pelo Centro de Formação em Psicanálise Clínica Illumen, com sede em São Paulo desde 2010. Outras formações acadêmicas: graduação em administração de empresas, pela Faculdade Ibero-Americana; graduação em letras, pelo Instituto Municipal de Ensino Superior (Imes) Catanduva; Leciona psicanálise, atua como analista didática e supervisora na preparação psicanalítica de alunos do Illumen. Atua na clínica psicanalítica desde 2017, com maior direcionamento ao público infanto-juvenil e adolescente.
Última atualização
2/5/2024 11:23

Rock in Rio inicia nesta sexta-feira (13) e segue até domingo (22)

Redação Cidade Capital
13/9/2024 11:00

O festival de música Rock in Rio inicia nesta sexta-feira (13) e segue até domingo (22) na Cidade do Rock, localizada na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. 

O evento completa 40 anos da sua primeira edição e promete uma celebração histórica. A organização espera receber mais de 700 mil pessoas, entre moradores do estado, turistas brasileiros e estrangeiros.

No Brasil, 90% acredita que redes sociais não protegem crianças

Redação Cidade Capital
13/9/2024 9:53

Pesquisa do Instituto Alana indica que nove em cada dez brasileiros acreditam que as redes sociais não protegem crianças e adolescentes. O levantamento, realizado pelo Datafolha, ouviu 2.009 pessoas, com 16 anos ou mais, de todas as classes sociais, entre os dias 12 e 18 de julho.

Segundo o estudo, divulgado nesta quinta-feira (12), 97% dos entrevistados defendem que as empresas deveriam adotar medidas para proteger crianças e adolescentes na internet, através da comprovação de identidade, melhoria no atendimento ao consumidor para denúncias, proibição de publicidade e venda para crianças, fim da reprodução automática e da rolagem infinita de vídeos e limitação de tempo de uso dos serviços.