Tenho visto recentemente nas redes sociais muitas alusões, feitas por pais ou avós carinhosos, a respeito da construção de boas memórias nas crianças. Tenho certeza da importância desse cuidado. Eu mesma coleciono lembranças que me vivificam como goles de água fresca na travessia dos momentos de aridez.
No entanto, percebi que nas muitas lembranças que tenho contado, poucas vezes aparece a minha mãe. Onde ela estava? A pergunta inesperada ecoa dentro de mim... Ela não contava histórias, não sentava pra brincar conosco. Ah! Em um relance consigo encontrá-la areando as panelas amassadas pelo uso e colocando-as orgulhosamente ao sol.
Esgueirando um pouco mais o olhar a vejo carregando água, balde grande assentado na rodilha de pano sobre a cabeça, ela ia longe, muito longe. Depois a água era coada em um tecido leve e alvo nas talhas de barro. Continuo a busca e a encontro catando o feijão para cozinhar no fogão a querosene, ou ainda em um demorado ritual amassando o feijão do almoço para a sopa da noite.
Agora, a vejo estendendo as roupas que acabou de lavar no tanque de pedra bruta... É bonito ver, sob o contraste do céu azul, a fileira de fraldas brancas do sétimo, ou talvez, do oitavo filho! E à noitinha enquanto a minha avó contava histórias, eu posso enxergá-la passando nossas vestes com o pesado ferro de brasas incandescentes acordando o cheiro da roupa limpa que secou ao sol.
Cuidado foi a linguagem do Amor da minha mãe. Ela estava a serviço de sua prole desde que o sol começava a surgir no horizonte até muito depois da chegada da noite. Era a primeira que levantava e a última que se deitava. Mesmo em uma época de serviços médicos tão precários ela nos levava pra vacinar em todas as campanhas e tinha uma rígida rotina de higiene.
As memórias vão chegando e a cada uma eu reverencio o seu infinito amor! Nessa viagem à minha infância, não me recordo de diálogos ou brincadeiras com ela. Apenas escuto a sua voz nos abençoando toda noite: “Benção, mãe!” “Deus te abençoe!” E a gente dormia confiante!
Muitas de nós mulheres contemporâneas não mais fazemos os trabalhos daquela época. Ingressamos, no entanto, em inúmeras outras demandas para manter os nossos filhos e não conseguimos tempo para a construção de memórias felizes. Apenas cuidamos, cuidamos, cuidamos...
Talvez fosse o caso de conversarmos sobre isso com nossos filhos adolescentes ou adultos. Talvez também, fosse o caso de educar nossas crianças para entenderem que o Amor se expressa por diferentes linguagens.
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.
Tenho visto recentemente nas redes sociais muitas alusões, feitas por pais ou avós carinhosos, a respeito da construção de boas memórias nas crianças. Tenho certeza da importância desse cuidado. Eu mesma coleciono lembranças que me vivificam como goles de água fresca na travessia dos momentos de aridez.
No entanto, percebi que nas muitas lembranças que tenho contado, poucas vezes aparece a minha mãe. Onde ela estava? A pergunta inesperada ecoa dentro de mim... Ela não contava histórias, não sentava pra brincar conosco. Ah! Em um relance consigo encontrá-la areando as panelas amassadas pelo uso e colocando-as orgulhosamente ao sol.
Esgueirando um pouco mais o olhar a vejo carregando água, balde grande assentado na rodilha de pano sobre a cabeça, ela ia longe, muito longe. Depois a água era coada em um tecido leve e alvo nas talhas de barro. Continuo a busca e a encontro catando o feijão para cozinhar no fogão a querosene, ou ainda em um demorado ritual amassando o feijão do almoço para a sopa da noite.
Agora, a vejo estendendo as roupas que acabou de lavar no tanque de pedra bruta... É bonito ver, sob o contraste do céu azul, a fileira de fraldas brancas do sétimo, ou talvez, do oitavo filho! E à noitinha enquanto a minha avó contava histórias, eu posso enxergá-la passando nossas vestes com o pesado ferro de brasas incandescentes acordando o cheiro da roupa limpa que secou ao sol.
Cuidado foi a linguagem do Amor da minha mãe. Ela estava a serviço de sua prole desde que o sol começava a surgir no horizonte até muito depois da chegada da noite. Era a primeira que levantava e a última que se deitava. Mesmo em uma época de serviços médicos tão precários ela nos levava pra vacinar em todas as campanhas e tinha uma rígida rotina de higiene.
As memórias vão chegando e a cada uma eu reverencio o seu infinito amor! Nessa viagem à minha infância, não me recordo de diálogos ou brincadeiras com ela. Apenas escuto a sua voz nos abençoando toda noite: “Benção, mãe!” “Deus te abençoe!” E a gente dormia confiante!
Muitas de nós mulheres contemporâneas não mais fazemos os trabalhos daquela época. Ingressamos, no entanto, em inúmeras outras demandas para manter os nossos filhos e não conseguimos tempo para a construção de memórias felizes. Apenas cuidamos, cuidamos, cuidamos...
Talvez fosse o caso de conversarmos sobre isso com nossos filhos adolescentes ou adultos. Talvez também, fosse o caso de educar nossas crianças para entenderem que o Amor se expressa por diferentes linguagens.
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.