Como educadora do sistema prisional há dez anos, tenho presenciado, das mais diversas maneiras, a complexidade do humano que nos habita. Maravilhamento é a palavra que me define quando constato que em um lugar tão improvável como o espaço prisional a ternura teima em brotar.
O projeto O verde que cura realizado em 2023 no Centro de Integração Social (CIS) — com alunas de Ensino Fundamental e Médio teve como produto final a produção de um livro de memórias intitulado Memórias de chá.
Há algum tempo venho trabalhando a escrita como um procedimento de autoria numa abordagem restaurativa, ou seja, acolho a escrita possível de cada educando a partir da mobilização de memórias, sentimentos ou percepções.
Na leitura do que foi escrito, negociamos o sentido das palavras no texto, os elementos de coesão, a sequência, a ideia a ser transmitida.
Somente a partir daí trabalho as normas da língua culta e as diferentes formas de dizer. Os educandos têm respondido bem a essa proposta e cada texto escrito me traz a esperança de uma trajetória que ao ser pensada, possa ser transformada.
Ontem, as educandas do CIS que escreveram o livro mencionado puderam experienciar a emoção de ter o seu nome citado como autoras, diante de colegas convidadas por elas, professores, pedagogos, diretores, advogados, promotores e de uma representante da Academia de Letras do Paraná. Foram aplaudidas e autografaram a própria obra.
Ali, diante dos olhos brilhantes das novas autoras e da plateia emocionada eu revivi o caminho da produção do livro: a boniteza dos olhos úmidos ao relembrarem as memórias quase esquecidas, a frequente menção às avós e aos filhos, indícios de amor e ternura. O cuidado, marca primeira da humanização.
O espaço de ervas medicinais da unidade prisional e o chá feito quase todas as manhãs e servido cheiroso e quentinho enquanto trabalhávamos com as palavras para traduzir as lembranças, foram personagens importantes na história de amor que esse livro representa.
Ao juntarmos as narrativas dos diferentes atores — educandas, professores, servidores e diretores no mesmo livro presentificamos a dimensão dialógica e horizontal do fazer educativo enquanto a escrita de si, na valorização do humano, assinala o objetivo maior da educação em presídios: a construção de uma autoria para além do delito.
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.
Como educadora do sistema prisional há dez anos, tenho presenciado, das mais diversas maneiras, a complexidade do humano que nos habita. Maravilhamento é a palavra que me define quando constato que em um lugar tão improvável como o espaço prisional a ternura teima em brotar.
O projeto O verde que cura realizado em 2023 no Centro de Integração Social (CIS) — com alunas de Ensino Fundamental e Médio teve como produto final a produção de um livro de memórias intitulado Memórias de chá.
Há algum tempo venho trabalhando a escrita como um procedimento de autoria numa abordagem restaurativa, ou seja, acolho a escrita possível de cada educando a partir da mobilização de memórias, sentimentos ou percepções.
Na leitura do que foi escrito, negociamos o sentido das palavras no texto, os elementos de coesão, a sequência, a ideia a ser transmitida.
Somente a partir daí trabalho as normas da língua culta e as diferentes formas de dizer. Os educandos têm respondido bem a essa proposta e cada texto escrito me traz a esperança de uma trajetória que ao ser pensada, possa ser transformada.
Ontem, as educandas do CIS que escreveram o livro mencionado puderam experienciar a emoção de ter o seu nome citado como autoras, diante de colegas convidadas por elas, professores, pedagogos, diretores, advogados, promotores e de uma representante da Academia de Letras do Paraná. Foram aplaudidas e autografaram a própria obra.
Ali, diante dos olhos brilhantes das novas autoras e da plateia emocionada eu revivi o caminho da produção do livro: a boniteza dos olhos úmidos ao relembrarem as memórias quase esquecidas, a frequente menção às avós e aos filhos, indícios de amor e ternura. O cuidado, marca primeira da humanização.
O espaço de ervas medicinais da unidade prisional e o chá feito quase todas as manhãs e servido cheiroso e quentinho enquanto trabalhávamos com as palavras para traduzir as lembranças, foram personagens importantes na história de amor que esse livro representa.
Ao juntarmos as narrativas dos diferentes atores — educandas, professores, servidores e diretores no mesmo livro presentificamos a dimensão dialógica e horizontal do fazer educativo enquanto a escrita de si, na valorização do humano, assinala o objetivo maior da educação em presídios: a construção de uma autoria para além do delito.
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.