<span class="abre-texto">Quando as pessoas me conhecem</span>, veem minha imagem no presente e interpretam (mesmo inconscientemente) meus gestos, sons e expressões. Minha história está ali, precisamente naqueles gestos, sons e expressões – e em muitos outros aspectos ocultos, dos quais não me recordo.
Esse conjunto que se apresenta é uma espécie de “produto final”, formado a partir de incontáveis marcas e vincos. Quem observa a imagem, contudo, não pode adivinhar as marcas.
Cada instante da existência deixa sua dobra, como no origami, cuja forma final bela e simétrica oculta inúmeras etapas de preparação invisíveis. O resultado final que é notado, qualificado e admirado é sustentado por pilares invisíveis.
O reflexo que observo no espelho, ainda hoje, com tantos anos transcorridos, ainda esconde histórias que provavelmente desconhecerei.
Em nós, seres humanos, esses vincos podem ser fruto de uma simples experiência ou vestígio de algum trauma. Nosso cérebro, por meio do impulso poderoso da sobrevivência, muitas vezes oculta profundamente no esquecimento os eventos que geraram as marcas.
Os comportamentos adquiridos como reação aos vincos persistem, influenciando os relacionamentos.
A cegueira em relação às cicatrizes não impede o surgimento da dor. Que frequentemente aparece, aparentemente sem motivo. Essa dor origina comportamentos de sobrevivência, que, desatualizados, são inapropriados para a gestão da realidade concreta do presente.
Faz parte do autocuidado identificar as cicatrizes e, na medida do possível, buscar compreender sua origem, entender os impactos delas e optar por experimentar comportamentos alternativos.
Houve um momento em que precisei, com compaixão pela minha Criança interior, compreender e perdoar aos adultos que de algum modo marcaram dolorosamente minha memória. Esse processo de busca me levou a encontrar outros adultos que marcaram minha experiência com afeto e validação.
Hoje, aos meus vincos internos somaram-se os vincos da idade. Cada vez mais entendo, percebo e sinto ter maior amplitude para decidir, perdoar ou agradecer. Maior ainda é a liberdade de agir com autonomia, sem ser impulsionada automaticamente pela dor.
Honro, neste domingo azul, cada um dos meus vincos internos que me trouxeram até aqui. E sigo traçando o caminho intricado que eles delineiam. Aprecio, cada vez mais, o produto final.
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.
<span class="abre-texto">Quando as pessoas me conhecem</span>, veem minha imagem no presente e interpretam (mesmo inconscientemente) meus gestos, sons e expressões. Minha história está ali, precisamente naqueles gestos, sons e expressões – e em muitos outros aspectos ocultos, dos quais não me recordo.
Esse conjunto que se apresenta é uma espécie de “produto final”, formado a partir de incontáveis marcas e vincos. Quem observa a imagem, contudo, não pode adivinhar as marcas.
Cada instante da existência deixa sua dobra, como no origami, cuja forma final bela e simétrica oculta inúmeras etapas de preparação invisíveis. O resultado final que é notado, qualificado e admirado é sustentado por pilares invisíveis.
O reflexo que observo no espelho, ainda hoje, com tantos anos transcorridos, ainda esconde histórias que provavelmente desconhecerei.
Em nós, seres humanos, esses vincos podem ser fruto de uma simples experiência ou vestígio de algum trauma. Nosso cérebro, por meio do impulso poderoso da sobrevivência, muitas vezes oculta profundamente no esquecimento os eventos que geraram as marcas.
Os comportamentos adquiridos como reação aos vincos persistem, influenciando os relacionamentos.
A cegueira em relação às cicatrizes não impede o surgimento da dor. Que frequentemente aparece, aparentemente sem motivo. Essa dor origina comportamentos de sobrevivência, que, desatualizados, são inapropriados para a gestão da realidade concreta do presente.
Faz parte do autocuidado identificar as cicatrizes e, na medida do possível, buscar compreender sua origem, entender os impactos delas e optar por experimentar comportamentos alternativos.
Houve um momento em que precisei, com compaixão pela minha Criança interior, compreender e perdoar aos adultos que de algum modo marcaram dolorosamente minha memória. Esse processo de busca me levou a encontrar outros adultos que marcaram minha experiência com afeto e validação.
Hoje, aos meus vincos internos somaram-se os vincos da idade. Cada vez mais entendo, percebo e sinto ter maior amplitude para decidir, perdoar ou agradecer. Maior ainda é a liberdade de agir com autonomia, sem ser impulsionada automaticamente pela dor.
Honro, neste domingo azul, cada um dos meus vincos internos que me trouxeram até aqui. E sigo traçando o caminho intricado que eles delineiam. Aprecio, cada vez mais, o produto final.
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.