<span class="abre-texto">“Quando a luz dos olhos meus</span> / E a luz dos olhos teus / Resolvem se encontrar / Ai que bom que isso é meu Deus”, fragmento de texto de Vinicius, musicado por Tom Jobim – uma bela canção, que de certa forma ilustra minhas reflexões mais recentes.
A conexão entre dois olhares é potente de tal maneira que a “luz” é muito razoável como descrição. Um rosto humano solicita a compreensão da singularidade, da coragem e da solidão de cada um de nós neste planeta. Ao nos conectar, inevitavelmente, seremos levados, pela nossa estrutura enquanto espécie, a traduzir as expressões do ser à nossa frente.
Decodificar essa preciosa informação dependerá do quão nosso diálogo interno permite direcionar o cone de atenção para o outro. Muitas vezes, a confusão interna abduz completamente a pessoa e apaga sua luz. O outro perceberá a ausência. O outro perceberá a sombra. O outro sentirá a solidão.
Nos tempos acelerados pela tecnologia, determinar-se a contatos analógicos é um presente para todos os presentes no campo relacional. Biofisiológico, o estar conectado a outra pessoa nos restaura a nossa essência mais antiga. E depende de escolha consciente. Muitas vezes não faz parte da nossa bagagem de aprendizados o movimento simultâneo de olhar para o outro apagando o ruído interno. Muitas vezes os contatos produziram dores e cicatrizes. É possível aprender. Temos um potencial poderoso de aprendizado!
Renunciar aos estímulos internos e externos e flexibilizar certezas e dogmas para sintonizar o outro é um experimento perigoso por um lado, pois supõe baixar estratégias de proteção e sobrevivência, e, por outro, a intensa experiência de uma comunicação multidimensional é intensa e vivificante.
Por uma pequena fração de tempo ou por tempos continuados, quanto mais silencio, momentaneamente, desejos e necessidades, terei espaço no meu conjunto perceptual para acolher, validar, reconhecer e reagir aos desejos e necessidades do outro – assim abrindo janelas de possibilidades para que o outro, por sua vez, silencie para escutar.
Isso supõe um passo atrás, um passo preparatório – que é reconhecer, acolher e validar os próprios desejos e necessidades para que eles, sôfregos, não invadam o campo de convivência.
Um diálogo sintonizado, olho no olho, analógico é alimento de excepcional qualidade. O tempo Chronos abre espaço para que Kairós se instale, as almas participam do momento, integrando as humanidades, gerando música através das ressonâncias.
A sintonia humana pode minimizar as diferenças. Pode ampliar a compreensão da razão e dos motivos de palavras, gestos, expressões. Pode entender as interlocuções abrasivas, pois se interessará em entender a origem.
O ruído ensurdecedor dos diálogos internos, a escassez crônica de amor, as exigências de um tempo pautado pela aceleração. Ainda é necessário considerar as proibições tácitas ou explícitas antigas, recebidas ao longo do desenvolvimento, que cristalizam ou enclausuram a pessoa nas suas armaduras.
Paralelamente, é importante considerar o obstáculo concreto do mundo paralelo representado pelas redes sociais, fornecedoras de prazer imediato sem risco emocional no curto prazo. Prevalece o mundo virtual, espécie de Nárnia às avessas, no qual as pessoas se refugiam atrás de inúmeros filtros, se “protegendo” da realidade e do contato olho no olho.
Sempre reitero para mim mesma e para alunos e clientes que “não podemos mudar o mundo”. Sei o quão complexos estão os relacionamentos no nosso planeta. Contudo, poderemos mudar o pequeno mundo à nossa volta, filhos, netos, amores, amigos, equipe... Cada um que se sinta bem-vindo no nosso campo relacional e experimente a validação, valorização, reconhecimento e o poder do diálogo sintonizado sentirá desejo de fazer de novo.
Se destes pequeninos movimentos uma criança se sentir acolhida, amada, respeitada – portas e janelas se abrem!
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.
<span class="abre-texto">“Quando a luz dos olhos meus</span> / E a luz dos olhos teus / Resolvem se encontrar / Ai que bom que isso é meu Deus”, fragmento de texto de Vinicius, musicado por Tom Jobim – uma bela canção, que de certa forma ilustra minhas reflexões mais recentes.
A conexão entre dois olhares é potente de tal maneira que a “luz” é muito razoável como descrição. Um rosto humano solicita a compreensão da singularidade, da coragem e da solidão de cada um de nós neste planeta. Ao nos conectar, inevitavelmente, seremos levados, pela nossa estrutura enquanto espécie, a traduzir as expressões do ser à nossa frente.
Decodificar essa preciosa informação dependerá do quão nosso diálogo interno permite direcionar o cone de atenção para o outro. Muitas vezes, a confusão interna abduz completamente a pessoa e apaga sua luz. O outro perceberá a ausência. O outro perceberá a sombra. O outro sentirá a solidão.
Nos tempos acelerados pela tecnologia, determinar-se a contatos analógicos é um presente para todos os presentes no campo relacional. Biofisiológico, o estar conectado a outra pessoa nos restaura a nossa essência mais antiga. E depende de escolha consciente. Muitas vezes não faz parte da nossa bagagem de aprendizados o movimento simultâneo de olhar para o outro apagando o ruído interno. Muitas vezes os contatos produziram dores e cicatrizes. É possível aprender. Temos um potencial poderoso de aprendizado!
Renunciar aos estímulos internos e externos e flexibilizar certezas e dogmas para sintonizar o outro é um experimento perigoso por um lado, pois supõe baixar estratégias de proteção e sobrevivência, e, por outro, a intensa experiência de uma comunicação multidimensional é intensa e vivificante.
Por uma pequena fração de tempo ou por tempos continuados, quanto mais silencio, momentaneamente, desejos e necessidades, terei espaço no meu conjunto perceptual para acolher, validar, reconhecer e reagir aos desejos e necessidades do outro – assim abrindo janelas de possibilidades para que o outro, por sua vez, silencie para escutar.
Isso supõe um passo atrás, um passo preparatório – que é reconhecer, acolher e validar os próprios desejos e necessidades para que eles, sôfregos, não invadam o campo de convivência.
Um diálogo sintonizado, olho no olho, analógico é alimento de excepcional qualidade. O tempo Chronos abre espaço para que Kairós se instale, as almas participam do momento, integrando as humanidades, gerando música através das ressonâncias.
A sintonia humana pode minimizar as diferenças. Pode ampliar a compreensão da razão e dos motivos de palavras, gestos, expressões. Pode entender as interlocuções abrasivas, pois se interessará em entender a origem.
O ruído ensurdecedor dos diálogos internos, a escassez crônica de amor, as exigências de um tempo pautado pela aceleração. Ainda é necessário considerar as proibições tácitas ou explícitas antigas, recebidas ao longo do desenvolvimento, que cristalizam ou enclausuram a pessoa nas suas armaduras.
Paralelamente, é importante considerar o obstáculo concreto do mundo paralelo representado pelas redes sociais, fornecedoras de prazer imediato sem risco emocional no curto prazo. Prevalece o mundo virtual, espécie de Nárnia às avessas, no qual as pessoas se refugiam atrás de inúmeros filtros, se “protegendo” da realidade e do contato olho no olho.
Sempre reitero para mim mesma e para alunos e clientes que “não podemos mudar o mundo”. Sei o quão complexos estão os relacionamentos no nosso planeta. Contudo, poderemos mudar o pequeno mundo à nossa volta, filhos, netos, amores, amigos, equipe... Cada um que se sinta bem-vindo no nosso campo relacional e experimente a validação, valorização, reconhecimento e o poder do diálogo sintonizado sentirá desejo de fazer de novo.
Se destes pequeninos movimentos uma criança se sentir acolhida, amada, respeitada – portas e janelas se abrem!
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.