<span class="abre-texto">É isso mesmo que você leu,</span> “pare enquanto é tempo”. E depois não digam que eu não avisei. E sabe por que eu digo isso? Porque a corrida pode levar a mudanças significativas e inesperadas na sua vida.

De repente, eu me vi indo dormir cedo num sábado para acordar cedo num domingo, num dia em que eu poderia dormir até mais tarde, para oficialmente fazer uma corrida de 10 km, e, ao final, ganhando uma água, uma banana e uma medalha. Isso tudo aconteceu quando comecei a andar em “más companhias”. Comecei a andar com pessoas que me incentivaram a esse tipo de ação tão primitiva e viciante e, por conta disso, essa mudança teve um impacto profundo e duradouro na minha forma de encarar a vida e os desafios que ela representa.

A corrida pode transformar a sua vida! É muito simples. Vista uma camiseta, um calção e um par de tênis. Pronto! Você já poderá desbravar o mundo ao seu redor. Mas calma, é simples, mas não tão simples assim. Agora que eu confundi todos vocês de vez... Correr é uma atividade fácil de executar, porque você pode estar em qualquer lugar, a qualquer hora do dia, e simplesmente sair correndo. Porém, isso não pode ser feito de forma indiscriminada, pois você pode acabar excedendo a sua capacidade.

A fórmula é simples: procure um médico cardiologista para saber se está tudo bem com o seu motor (coração). Após o resultado, procure um profissional de educação física especialista em corrida para te orientar. E pronto! Basta agora você começar e mudar sua vida de uma vez por todas.

Eu sempre gostei de esporte, mas a minha introdução oficial à corrida foi na faculdade, por convite dos meus professores. A partir daí, a minha vida mudou completamente. Eu sei que, para muitas pessoas, é muito difícil começar a correr. Principalmente para quem é muito ansioso, porque a cada passada você está trabalhando a sua mente para vencer a barreira mental. A respiração fica ofegante, e aí já vem o pensamento “quero parar”! Mas é importante saber que, quando esse pensamento vem, com toda certeza conseguimos ir um pouco mais além. E então vencemos a primeira batalha de muitas.

Uma vez, eu estava correndo em uma prova na África do Sul e estava numa situação bem desconfortável. Foi quando passei por um grupo de mulheres que cantavam uma música que dizia: “never, never, never give up”! Nunca, nunca, nunca desista! E aquele momento nunca mais saiu da minha cabeça. 

Não importa a distância, não importa a intensidade, caminhar faz parte da corrida, e o que realmente importa é cruzar a linha de chegada.