Corrida para a Prefeitura de Curitiba

Opinião

Atividade física e movimento são o melhor remédio

A importância do exercício físico para saúde emocional e física.A importância do exercício físico para saúde emocional e física.
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Freepick

Caros leitores, tudo bem com vocês? Espero que sim. Por aqui, tudo ótimo. Acredito que boa parte de vocês já tenha consciência de que a atividade física e o movimento são o melhor remédio. Foi assim que eu terminei o meu artigo anterior e resgatei essa frase por conta do convite que eu fiz ao neuropsicólogo Jonathan Orlandi, para colocarmos uma visão de forma multidisciplinar, da importância do exercício para as nossas vidas.

A prática esportiva sempre foi uma solução simples que encontramos para problemas complexos. Encontramos no esporte uma forma de tentar solucionar ou amenizar condições de saúde física ou emocional. Sim, o esporte parece ser uma solução automática, até diria simplista demais, como se fosse fácil manter a consistência. Nos apegamos à ideia de uma solução unilateral para nossos problemas. Se estamos deprimidos, ansiosos, queremos melhorar nossa autoestima ou perder peso, a prática de exercícios físicos, sem dúvida, ajuda! Pena que a curto prazo, não! 

Por isso, mesmo impulsionados por uma excitação momentânea de mudança, acabamos desistindo no primeiro ácido lático. Bem-vindo ao mundo real! Eu sei que você tentou! Olhando para práticas esportivas de longa duração, como o "Iron Man", percebemos que o fator motivacional que levou esses atletas a iniciar sua jornada foi semelhante: resolver um problema emocional ou de saúde. Eu sei que, ao ler isso, você pode ficar confuso, indignado ou até discordar de mim. Calma! 

A população de praticantes de esportes não é a maioria, especialmente entre os mais jovens. Segundo o IBGE (2023), quase metade do Brasil é sedentária, com 47% da população sem nenhuma atividade, o que também explica por que quase 58% estão acima do peso, conforme a UFPel (2023). O que isso significa? Exercício não é uma solução simples, pois a prática do esporte reflete o estado emocional em que a maioria dos brasileiros se encontra. 

Resumindo, o esporte pode ser uma saída simples do nosso consciente para resolver nossos problemas, mas o custo emocional é grande: acordar cedo, resistir às nossas vontades de ficar em casa comendo doce ou assistindo a filmes. Quando queremos mudar nossa rotina, isso gera estresse em nossas redes neurais, acostumadas a sempre fazer as mesmas coisas. Por mais insatisfeito que você esteja, no fim das contas, você está confortável, porém insatisfeito. Todo comportamento novo precisa ser uma luta contra nossos instintos. Se olharmos para os mamíferos, que aplicam à nossa realidade, percebemos um padrão de sedentarismo: comem, brincam, dormem e fazem suas necessidades. A prática do esporte é um comportamento inserido na rotina, e, quando esses comportamentos são aprendidos, não geram sofrimento psíquico como ansiedade, letargia ou humor deprimido nos momentos que antecedem. Quando seu corpo entende que a atividade física faz parte da sua rotina, a atividade se torna um ponto de partida do estado de flow. 

Csikszentmihalyi (1999) definiu o estado de fluxo como uma união do corpo e mente, automatizando o movimento do novo comportamento aprendido, que basicamente seria um novo "código" do córtex pré-motor, tornando o movimento involuntário. Um exemplo prático é caminhar; não pensamos no movimento quando andamos. Quando éramos bebês, passamos pela fase do equilíbrio, depois os primeiros passos, e desde então se tornou algo natural nas nossas vidas. Nosso cérebro automatiza.

A atividade física não é diferente, a partir do momento que você a incorpora à sua vida. Muitas pessoas possuem uma dificuldade maior, muito provavelmente porque, na sua infância, não foram estimuladas. Mas nunca é tarde para começar ou aprender algo novo.

Um exemplo interessante é o ato de dirigir. Geralmente, começamos a praticar na adolescência, alguns mais cedo, outros próximos aos 18 anos. No início, temos muitas informações para assimilar, e com a prática vamos aperfeiçoando, até se tornar um ato automatizado. O ato de dirigir, como o do aprendizado, nos remete à independência, à autonomia. É a necessidade pela sobrevivência.

E, fazendo uma analogia a essas duas capacidades, devemos compreender que a atividade física é tão importante quanto, porque ela também nos traz essa capacidade de independência e autonomia, para vivermos nossas vidas da melhor forma possível.

Última atualização
6/6/2024 11:58
Adonai Armstrong Filho
Professor de Educação Física. Mentor de projetos de vida por meio da atividade física.

Brasil tem 160 mil idosos em Instituições de Longa Permanência

Brasil tem 160 mil idosos em Instituições de Longa Permanência

Redação Cidade Capital
6/9/2024 10:52

Em 2022, o Brasil contava com 160.784 pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), segundo dados do último Censo divulgados nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Esse número equivale a 0,5% da população com mais de 60 anos, que totaliza 32,1 milhões de pessoas. A maior parte dos idosos em ILPI está concentrada no Sudeste, com 57,5%, região que abriga 46,6% da população idosa do país. O Sul responde por 24,8% dos idosos institucionalizados e possui 16,4% da população idosa.

Festival de Parintins torna-se patrimônio cultural brasileiro

Festival de Parintins torna-se patrimônio cultural brasileiro

Redação Cidade Capital
6/9/2024 10:22

O Festival Folclórico de Parintins, realizado no Amazonas, foi oficialmente reconhecido como patrimônio cultural do Brasil através do projeto de lei sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira (4).

O evento ocorre anualmente, no mês de junho, na cidade de Parintins, Amazonas. Já reconhecido como Patrimônio Cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o festival celebra a tradição do boi-bumbá, em uma disputa entre dois bois: Garantido e Caprichoso.

Opinião

Atividade física e movimento são o melhor remédio

A importância do exercício físico para saúde emocional e física.A importância do exercício físico para saúde emocional e física.
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Adonai Armstrong Filho
Professor de Educação Física. Mentor de projetos de vida por meio da atividade física.

Caros leitores, tudo bem com vocês? Espero que sim. Por aqui, tudo ótimo. Acredito que boa parte de vocês já tenha consciência de que a atividade física e o movimento são o melhor remédio. Foi assim que eu terminei o meu artigo anterior e resgatei essa frase por conta do convite que eu fiz ao neuropsicólogo Jonathan Orlandi, para colocarmos uma visão de forma multidisciplinar, da importância do exercício para as nossas vidas.

A prática esportiva sempre foi uma solução simples que encontramos para problemas complexos. Encontramos no esporte uma forma de tentar solucionar ou amenizar condições de saúde física ou emocional. Sim, o esporte parece ser uma solução automática, até diria simplista demais, como se fosse fácil manter a consistência. Nos apegamos à ideia de uma solução unilateral para nossos problemas. Se estamos deprimidos, ansiosos, queremos melhorar nossa autoestima ou perder peso, a prática de exercícios físicos, sem dúvida, ajuda! Pena que a curto prazo, não! 

Por isso, mesmo impulsionados por uma excitação momentânea de mudança, acabamos desistindo no primeiro ácido lático. Bem-vindo ao mundo real! Eu sei que você tentou! Olhando para práticas esportivas de longa duração, como o "Iron Man", percebemos que o fator motivacional que levou esses atletas a iniciar sua jornada foi semelhante: resolver um problema emocional ou de saúde. Eu sei que, ao ler isso, você pode ficar confuso, indignado ou até discordar de mim. Calma! 

A população de praticantes de esportes não é a maioria, especialmente entre os mais jovens. Segundo o IBGE (2023), quase metade do Brasil é sedentária, com 47% da população sem nenhuma atividade, o que também explica por que quase 58% estão acima do peso, conforme a UFPel (2023). O que isso significa? Exercício não é uma solução simples, pois a prática do esporte reflete o estado emocional em que a maioria dos brasileiros se encontra. 

Resumindo, o esporte pode ser uma saída simples do nosso consciente para resolver nossos problemas, mas o custo emocional é grande: acordar cedo, resistir às nossas vontades de ficar em casa comendo doce ou assistindo a filmes. Quando queremos mudar nossa rotina, isso gera estresse em nossas redes neurais, acostumadas a sempre fazer as mesmas coisas. Por mais insatisfeito que você esteja, no fim das contas, você está confortável, porém insatisfeito. Todo comportamento novo precisa ser uma luta contra nossos instintos. Se olharmos para os mamíferos, que aplicam à nossa realidade, percebemos um padrão de sedentarismo: comem, brincam, dormem e fazem suas necessidades. A prática do esporte é um comportamento inserido na rotina, e, quando esses comportamentos são aprendidos, não geram sofrimento psíquico como ansiedade, letargia ou humor deprimido nos momentos que antecedem. Quando seu corpo entende que a atividade física faz parte da sua rotina, a atividade se torna um ponto de partida do estado de flow. 

Csikszentmihalyi (1999) definiu o estado de fluxo como uma união do corpo e mente, automatizando o movimento do novo comportamento aprendido, que basicamente seria um novo "código" do córtex pré-motor, tornando o movimento involuntário. Um exemplo prático é caminhar; não pensamos no movimento quando andamos. Quando éramos bebês, passamos pela fase do equilíbrio, depois os primeiros passos, e desde então se tornou algo natural nas nossas vidas. Nosso cérebro automatiza.

A atividade física não é diferente, a partir do momento que você a incorpora à sua vida. Muitas pessoas possuem uma dificuldade maior, muito provavelmente porque, na sua infância, não foram estimuladas. Mas nunca é tarde para começar ou aprender algo novo.

Um exemplo interessante é o ato de dirigir. Geralmente, começamos a praticar na adolescência, alguns mais cedo, outros próximos aos 18 anos. No início, temos muitas informações para assimilar, e com a prática vamos aperfeiçoando, até se tornar um ato automatizado. O ato de dirigir, como o do aprendizado, nos remete à independência, à autonomia. É a necessidade pela sobrevivência.

E, fazendo uma analogia a essas duas capacidades, devemos compreender que a atividade física é tão importante quanto, porque ela também nos traz essa capacidade de independência e autonomia, para vivermos nossas vidas da melhor forma possível.

Adonai Armstrong Filho
Professor de Educação Física. Mentor de projetos de vida por meio da atividade física.
Última atualização
6/6/2024 11:58

Brasil tem 160 mil idosos em Instituições de Longa Permanência

Redação Cidade Capital
6/9/2024 10:52

Em 2022, o Brasil contava com 160.784 pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), segundo dados do último Censo divulgados nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Esse número equivale a 0,5% da população com mais de 60 anos, que totaliza 32,1 milhões de pessoas. A maior parte dos idosos em ILPI está concentrada no Sudeste, com 57,5%, região que abriga 46,6% da população idosa do país. O Sul responde por 24,8% dos idosos institucionalizados e possui 16,4% da população idosa.

Festival de Parintins torna-se patrimônio cultural brasileiro

Redação Cidade Capital
6/9/2024 10:22

O Festival Folclórico de Parintins, realizado no Amazonas, foi oficialmente reconhecido como patrimônio cultural do Brasil através do projeto de lei sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira (4).

O evento ocorre anualmente, no mês de junho, na cidade de Parintins, Amazonas. Já reconhecido como Patrimônio Cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o festival celebra a tradição do boi-bumbá, em uma disputa entre dois bois: Garantido e Caprichoso.