<span class="abre-texto">Uma abelha observa maravilhada</span> as possibilidades que um roseiral lhe apresenta: flores e o néctar que, colhido, entra no circuito colaborativo da produção de mel. Viver entre seres humanos e, principalmente, trabalhar com eles exige esse olhar de abelha. Desde o início, nos primeiros olhares, nos primeiros diálogos, surgem possibilidades e alternativas. O foco é um só: as possibilidades.
Entretanto, convivemos em um mundo onde proliferam os olhares de mosca. Embora natural para a mosca, o foco no esterco representa para os humanos um padrão destrutivo. Esse olhar seleciona meticulosamente os aspectos construtivos, para em seguida descartá-los, enfatizando a destruição e a decomposição moral e humanística. Com um viés contaminado, obsessão por defeitos, perversões e ruínas se instala.
Neste momento, manifesto solidariedade à mosca, pedindo desculpas pelo uso indelicado de sua estratégia de sobrevivência como metáfora. Feita a reparação, prosseguimos, aproveitando para lembrar ao leitor que o mesmo se aplica à abelha: trata-se apenas de uma (excelente) metáfora.
Quem adota o olhar das abelhas encontra alicerces para iniciativas construtivas. Valoriza as cores, a beleza, a abundância de recursos disponíveis para a coletividade – recursos que, coletados, são compartilhados com o grupo, o qual, por sua vez, executa as ações necessárias.
Ao avaliar a realidade objetivamente, está-se apto a expandir a visão a cada saída a campo. Aliás, é essencial expandir o horizonte, o que pode significar o acesso a mais e melhores recursos. Observa-se de uma perspectiva ampla, planeja-se, estrategia-se e executa-se a coleta.
Os seres com o olhar de abelha se destacam por compartilharem direções e recursos. Quando olham de maneira construtiva, não sentem a necessidade de reter tudo para si. Compreendem que, além do horizonte, há mais a ser descoberto. Ao agir positivamente, sobra-lhes escasso tempo para criticar ações alheias.
Por outro lado, aqueles que cultivam o olhar de mosca especializam-se em identificar falhas, defeitos, problemas e intenções duvidosas. Ou seja, fixam-se nos detritos da existência. Semelhantes a engenheiros de estruturas já concluídas e descontentes com suas vidas, focam-se em averiguar na vida alheia o que julgam ser a "normalidade".
Vestindo muitas vezes a luz e a cor de sombras, transformam possibilidades em obstáculos, tentativas em prejuízos. Com o olhar deteriorado pelo cotidiano, e cabeças inclinadas focadas no chão, irritam-se ao ver os seres com o olhar de abelha realizando inúmeros projetos, festejando.
Creio que muitos seres com o olhar de abelha, após serem alvo dos seres com o olhar de mosca, desistiram. Perderam o brilho, a melodia, a alegria. Seguem uma trajetória incolor. Pobres seres mosca! Isolados, conformados e silenciosos. Desanimados, esquecem-se das demais possibilidades e se habituam a uma jornada restrita.
O pescoço, acostumado a inclinar-se para o chão, perde a flexibilidade, não permitindo mais a contemplação do horizonte e, em um esforço de sobrevivência, rejeita-o. O olfato, habituado ao fétido, já não distingue os aromas aprazíveis, privando-se dos prazeres simples de encontros e refeições. Os seres mosca, exasperados, anseiam por destruir. E destroem. Desejam que o mundo espelhe sua visão distorcida.
Defendo que não devemos desistir nem perder o olhar de admiração. Necessitamos ser compassivos, respeitar a dor dos olhares mosca, mas não nos deixar subjugar por eles.
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.
<span class="abre-texto">Uma abelha observa maravilhada</span> as possibilidades que um roseiral lhe apresenta: flores e o néctar que, colhido, entra no circuito colaborativo da produção de mel. Viver entre seres humanos e, principalmente, trabalhar com eles exige esse olhar de abelha. Desde o início, nos primeiros olhares, nos primeiros diálogos, surgem possibilidades e alternativas. O foco é um só: as possibilidades.
Entretanto, convivemos em um mundo onde proliferam os olhares de mosca. Embora natural para a mosca, o foco no esterco representa para os humanos um padrão destrutivo. Esse olhar seleciona meticulosamente os aspectos construtivos, para em seguida descartá-los, enfatizando a destruição e a decomposição moral e humanística. Com um viés contaminado, obsessão por defeitos, perversões e ruínas se instala.
Neste momento, manifesto solidariedade à mosca, pedindo desculpas pelo uso indelicado de sua estratégia de sobrevivência como metáfora. Feita a reparação, prosseguimos, aproveitando para lembrar ao leitor que o mesmo se aplica à abelha: trata-se apenas de uma (excelente) metáfora.
Quem adota o olhar das abelhas encontra alicerces para iniciativas construtivas. Valoriza as cores, a beleza, a abundância de recursos disponíveis para a coletividade – recursos que, coletados, são compartilhados com o grupo, o qual, por sua vez, executa as ações necessárias.
Ao avaliar a realidade objetivamente, está-se apto a expandir a visão a cada saída a campo. Aliás, é essencial expandir o horizonte, o que pode significar o acesso a mais e melhores recursos. Observa-se de uma perspectiva ampla, planeja-se, estrategia-se e executa-se a coleta.
Os seres com o olhar de abelha se destacam por compartilharem direções e recursos. Quando olham de maneira construtiva, não sentem a necessidade de reter tudo para si. Compreendem que, além do horizonte, há mais a ser descoberto. Ao agir positivamente, sobra-lhes escasso tempo para criticar ações alheias.
Por outro lado, aqueles que cultivam o olhar de mosca especializam-se em identificar falhas, defeitos, problemas e intenções duvidosas. Ou seja, fixam-se nos detritos da existência. Semelhantes a engenheiros de estruturas já concluídas e descontentes com suas vidas, focam-se em averiguar na vida alheia o que julgam ser a "normalidade".
Vestindo muitas vezes a luz e a cor de sombras, transformam possibilidades em obstáculos, tentativas em prejuízos. Com o olhar deteriorado pelo cotidiano, e cabeças inclinadas focadas no chão, irritam-se ao ver os seres com o olhar de abelha realizando inúmeros projetos, festejando.
Creio que muitos seres com o olhar de abelha, após serem alvo dos seres com o olhar de mosca, desistiram. Perderam o brilho, a melodia, a alegria. Seguem uma trajetória incolor. Pobres seres mosca! Isolados, conformados e silenciosos. Desanimados, esquecem-se das demais possibilidades e se habituam a uma jornada restrita.
O pescoço, acostumado a inclinar-se para o chão, perde a flexibilidade, não permitindo mais a contemplação do horizonte e, em um esforço de sobrevivência, rejeita-o. O olfato, habituado ao fétido, já não distingue os aromas aprazíveis, privando-se dos prazeres simples de encontros e refeições. Os seres mosca, exasperados, anseiam por destruir. E destroem. Desejam que o mundo espelhe sua visão distorcida.
Defendo que não devemos desistir nem perder o olhar de admiração. Necessitamos ser compassivos, respeitar a dor dos olhares mosca, mas não nos deixar subjugar por eles.
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.