<span class="abre-texto">Que Sergio Moro </span> (União Brasil) não é exatamente um homem carismático, é sabido desde o tempo dele na Universidade Federal do Paraná. Os colegas do direito daquele tempo dizem que era um tipo ermitão. Ocorre que esse jeito exótico, mantido até hoje, deu a ele uma vaga ao Senado.
Foi a carinha, o jeito de andar, e também circunstâncias eleitorais não exatamente limpas como que passadas pelo lava jato. Pelo menos esses são os termos da ação movida pelo Partido dos Trabalhadores (PT), e pelo Partido Liberal (PL), contra Moro.
Resumindo a ópera, as contas do senador foram aprovadas, mas não incluíram o que ele e seus aliados gastaram quando, ainda filiado ao Podemos, Moro era pré-candidato à Presidência da República.
Ele mudou de partido (por isso, parece que a situação com o ex-senador Álvaro Dias não ficou lá essas coisas), mudou de cargo a ser disputado, mas os ganhos políticos – porque política é principalmente disputa por visibilidade – ficaram. Esse é o calcanhar de Aquiles.
O julgamento vai ser no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, e pode (provavelmente vai) subir para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Datas a marcar.
Em que pese o PL ser o partido que abarcou o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, e que nem mesmo a inelegibilidade de Bolsonaro ou o mandato chinfrim de Michelle como líder das mulheres pareça abalar a lealdade do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, bolsonaristas têm razões de sobra para torcer contra Moro.
Em termos de torcida, bolsonaristas e simpatizantes têm em Costa Neto o que os Athleticanos têm com Mario Celso Petraglia.
Quanto aos eleitores de Lula, preferem dar a mão para o diabo a ter que considerar Moro senador da República, por motivos que, senhoras e senhores, até as pedras do Passeio sabem.
Enquanto isso, Moro é tido como um placeholder no Senado, um slide vazio de PowerPoint com a instrução “Arraste aqui um político qualquer”. O Ermitão das Araucárias pode ter alcançado alguma posição na Justiça, pelo talento com concurso, mas na política de Brasília o jogo é mais duro.
Sobre a cabeça de Moro brilha, feito um led de entrada de estacionamento, a maneira como desprezou o juízo em sua Lava Lato, cujos efeitos foram desprestígio para o candidato que ele não gostava, mas também, por uma cadeia de consequência, o sofrer da pesquisa científica, o aumento da violência contra mulheres (os números do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023 acabam de sair), e o desprezo aos pobres (os preços dos alimentos, meu Deus!).
Quem diria, petistas e bolsonaristas finalmente encontraram um inimigo comum. O conceito freudiano “narcisismo das pequenas diferenças” serviu para que nos próximos encontros em família seja servido o mesmo pato.
Nesta segunda-feira (2), celebra-se os 135 anos do nascimento de Anita Malfatti, importante artista do modernismo brasileiro.
Nascida em São Paulo, em 1889, fez na cidade sua primeira exposição individual, em 1914, mas ganhou projeção 3 anos depois, após uma crítica negativa feita pelo escritor Monteiro Lobato. O talento e a fama da artista foram consolidados no cenário artístico nacional por sua participação na Semana de Arte Moderna, em 1922.
Cerca de 10,7 milhões de brasileiros possuem algum grau de deficiência auditiva, segundo o estudo realizado pelo Instituto Locomotiva, em parceria com a Semana da Acessibilidade Surda. A condição é classificada conforme a incapacidade de detectar certos níveis de decibéis, sendo considerada surdez quando há perda profunda ou total da audição.
Esta terça-feira (3) marca o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992 para promover os direitos e a inclusão desse público. Em entrevista, diversas pessoas relataram desafios diários, apresentando a importância de iniciativas que garantam inserção e permanência no mercado de trabalho.
<span class="abre-texto">Que Sergio Moro </span> (União Brasil) não é exatamente um homem carismático, é sabido desde o tempo dele na Universidade Federal do Paraná. Os colegas do direito daquele tempo dizem que era um tipo ermitão. Ocorre que esse jeito exótico, mantido até hoje, deu a ele uma vaga ao Senado.
Foi a carinha, o jeito de andar, e também circunstâncias eleitorais não exatamente limpas como que passadas pelo lava jato. Pelo menos esses são os termos da ação movida pelo Partido dos Trabalhadores (PT), e pelo Partido Liberal (PL), contra Moro.
Resumindo a ópera, as contas do senador foram aprovadas, mas não incluíram o que ele e seus aliados gastaram quando, ainda filiado ao Podemos, Moro era pré-candidato à Presidência da República.
Ele mudou de partido (por isso, parece que a situação com o ex-senador Álvaro Dias não ficou lá essas coisas), mudou de cargo a ser disputado, mas os ganhos políticos – porque política é principalmente disputa por visibilidade – ficaram. Esse é o calcanhar de Aquiles.
O julgamento vai ser no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, e pode (provavelmente vai) subir para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Datas a marcar.
Em que pese o PL ser o partido que abarcou o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, e que nem mesmo a inelegibilidade de Bolsonaro ou o mandato chinfrim de Michelle como líder das mulheres pareça abalar a lealdade do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, bolsonaristas têm razões de sobra para torcer contra Moro.
Em termos de torcida, bolsonaristas e simpatizantes têm em Costa Neto o que os Athleticanos têm com Mario Celso Petraglia.
Quanto aos eleitores de Lula, preferem dar a mão para o diabo a ter que considerar Moro senador da República, por motivos que, senhoras e senhores, até as pedras do Passeio sabem.
Enquanto isso, Moro é tido como um placeholder no Senado, um slide vazio de PowerPoint com a instrução “Arraste aqui um político qualquer”. O Ermitão das Araucárias pode ter alcançado alguma posição na Justiça, pelo talento com concurso, mas na política de Brasília o jogo é mais duro.
Sobre a cabeça de Moro brilha, feito um led de entrada de estacionamento, a maneira como desprezou o juízo em sua Lava Lato, cujos efeitos foram desprestígio para o candidato que ele não gostava, mas também, por uma cadeia de consequência, o sofrer da pesquisa científica, o aumento da violência contra mulheres (os números do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023 acabam de sair), e o desprezo aos pobres (os preços dos alimentos, meu Deus!).
Quem diria, petistas e bolsonaristas finalmente encontraram um inimigo comum. O conceito freudiano “narcisismo das pequenas diferenças” serviu para que nos próximos encontros em família seja servido o mesmo pato.
Nesta segunda-feira (2), celebra-se os 135 anos do nascimento de Anita Malfatti, importante artista do modernismo brasileiro.
Nascida em São Paulo, em 1889, fez na cidade sua primeira exposição individual, em 1914, mas ganhou projeção 3 anos depois, após uma crítica negativa feita pelo escritor Monteiro Lobato. O talento e a fama da artista foram consolidados no cenário artístico nacional por sua participação na Semana de Arte Moderna, em 1922.
Cerca de 10,7 milhões de brasileiros possuem algum grau de deficiência auditiva, segundo o estudo realizado pelo Instituto Locomotiva, em parceria com a Semana da Acessibilidade Surda. A condição é classificada conforme a incapacidade de detectar certos níveis de decibéis, sendo considerada surdez quando há perda profunda ou total da audição.
Esta terça-feira (3) marca o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992 para promover os direitos e a inclusão desse público. Em entrevista, diversas pessoas relataram desafios diários, apresentando a importância de iniciativas que garantam inserção e permanência no mercado de trabalho.