Cerca de 64% das escolas de educação infantil e ensino fundamental nas capitais brasileiras estão em áreas onde a temperatura é ao menos 1°C maior que a média da região. O estudo, intitulado Acesso ao verde e a resiliência climática nas escolas das capitais brasileiras, conduzido pelo Instituto Alana, também indica que 37,4% das instituições carecem de áreas verdes, 11,3% estão em favelas e 6,7% encontram-se em áreas de risco de desastres naturais.
Em 2023, a Região Norte liderou no percentual de escolas localizadas em áreas mais quentes que a média urbana. Manaus (97%), Macapá (93%) e Palmas (91,5%) apresentaram os maiores índices, enquanto Belém teve o menor percentual, com 33,2%.
Maria Isabel Barros, especialista do Instituto Alana, ressalta que o impacto do calor afeta diretamente o aprendizado. “As crianças têm dificuldade de concentração e, muitas vezes, não podem usufruir do recreio devido ao calor extremo”. Para a pesquisadora, esses dados estão diretamente associados à ausência de áreas verdes nas escolas.
Em média, apenas 26,6% das escolas possuem vegetação em seus terrenos. “Já tem muitas pesquisas que comprovam que crianças que têm pátios escolares mais verdes, mais naturalizados, desenvolvem um brincar mais ativo. Elas desenvolvem uma sociabilidade mais benéfica, brincam com mais complexidade, enfim, uma série de benefícios para o seu desenvolvimento integral e para a sua saúde”, explica a especialista.
Além disso, é importante considerar que a presença das áreas verdes nas escolas não significa que esses espaços tenham um aproveitamento intencional para resiliência climática e aprendizado. Quando isso ocorre, as atividades também são realizadas do lado de fora dos prédios, em salas abertas e nas áreas sombreadas pela própria vegetação.
“É uma coisa que tecnicamente se chama solução baseada na natureza. O sombreamento é uma delas, que nos ajudam a mitigar os efeitos das ondas de calor e outros eventos climáticos e a nos adaptar.”
Observando as áreas que cercam as escolas, os pesquisadores concluíram que apenas 1,9% dos espaços de até 500 metros das instituições são praças e parques. Porto Velho e Macapá apresentaram os menores percentuais de áreas verdes próximas às instituições.
Um recorte das escolas localizadas em favelas e comunidades urbanas também levam a um percentual maior que a média nacional (11,3%) nas capitais da Região Norte.
Manaus é a cidade que concentra mais instituições de ensino infantil e fundamental em favelas. Em segundo lugar está Belém, com 41% das instituições em favelas e comunidades.
Já as capitais do Nordeste concentram mais escolas em áreas de risco para desastres naturais. Salvador lidera com 50% das instituições em áreas vulneráveis, seguida por Recife com cerca de 25%.
Aprofundando o recorte das escolas em áreas de risco para um olhar racial sobre a vulnerabilidade dos estudantes, os pesquisadores concluíram que 51% das escolas nessa situação têm maioria de estudantes negros, e apenas 4,7% têm maioria de estudantes brancos.
“Os dados comprovam as desigualdades territoriais, raciais e socioeconômicas que a gente já vem observando na distribuição do verde e também em relação ao risco na cidade de modo geral aqui no Brasil. As escolas reproduzem essas desigualdades que a gente enxerga nesses indicadores”, conclui a especialista.
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.
Cerca de 64% das escolas de educação infantil e ensino fundamental nas capitais brasileiras estão em áreas onde a temperatura é ao menos 1°C maior que a média da região. O estudo, intitulado Acesso ao verde e a resiliência climática nas escolas das capitais brasileiras, conduzido pelo Instituto Alana, também indica que 37,4% das instituições carecem de áreas verdes, 11,3% estão em favelas e 6,7% encontram-se em áreas de risco de desastres naturais.
Em 2023, a Região Norte liderou no percentual de escolas localizadas em áreas mais quentes que a média urbana. Manaus (97%), Macapá (93%) e Palmas (91,5%) apresentaram os maiores índices, enquanto Belém teve o menor percentual, com 33,2%.
Maria Isabel Barros, especialista do Instituto Alana, ressalta que o impacto do calor afeta diretamente o aprendizado. “As crianças têm dificuldade de concentração e, muitas vezes, não podem usufruir do recreio devido ao calor extremo”. Para a pesquisadora, esses dados estão diretamente associados à ausência de áreas verdes nas escolas.
Em média, apenas 26,6% das escolas possuem vegetação em seus terrenos. “Já tem muitas pesquisas que comprovam que crianças que têm pátios escolares mais verdes, mais naturalizados, desenvolvem um brincar mais ativo. Elas desenvolvem uma sociabilidade mais benéfica, brincam com mais complexidade, enfim, uma série de benefícios para o seu desenvolvimento integral e para a sua saúde”, explica a especialista.
Além disso, é importante considerar que a presença das áreas verdes nas escolas não significa que esses espaços tenham um aproveitamento intencional para resiliência climática e aprendizado. Quando isso ocorre, as atividades também são realizadas do lado de fora dos prédios, em salas abertas e nas áreas sombreadas pela própria vegetação.
“É uma coisa que tecnicamente se chama solução baseada na natureza. O sombreamento é uma delas, que nos ajudam a mitigar os efeitos das ondas de calor e outros eventos climáticos e a nos adaptar.”
Observando as áreas que cercam as escolas, os pesquisadores concluíram que apenas 1,9% dos espaços de até 500 metros das instituições são praças e parques. Porto Velho e Macapá apresentaram os menores percentuais de áreas verdes próximas às instituições.
Um recorte das escolas localizadas em favelas e comunidades urbanas também levam a um percentual maior que a média nacional (11,3%) nas capitais da Região Norte.
Manaus é a cidade que concentra mais instituições de ensino infantil e fundamental em favelas. Em segundo lugar está Belém, com 41% das instituições em favelas e comunidades.
Já as capitais do Nordeste concentram mais escolas em áreas de risco para desastres naturais. Salvador lidera com 50% das instituições em áreas vulneráveis, seguida por Recife com cerca de 25%.
Aprofundando o recorte das escolas em áreas de risco para um olhar racial sobre a vulnerabilidade dos estudantes, os pesquisadores concluíram que 51% das escolas nessa situação têm maioria de estudantes negros, e apenas 4,7% têm maioria de estudantes brancos.
“Os dados comprovam as desigualdades territoriais, raciais e socioeconômicas que a gente já vem observando na distribuição do verde e também em relação ao risco na cidade de modo geral aqui no Brasil. As escolas reproduzem essas desigualdades que a gente enxerga nesses indicadores”, conclui a especialista.
O Brasil atingiu dois recordes consecutivos na geração de energia eólica em novembro deste ano. No dia 3, a produção média horária alcançou 23.699 megawatts médios (MWmed). Já no dia 4, foi registrado o maior volume diário, com 18.976 MWmed. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Conforme a pasta, "os resultados destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país", confirmando o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, foi indicado ao prêmio Globo de Ouro na categoria de melhor filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.
Ainda Estou Aqui narra a trajetória da família Paiva — a mãe, Eunice, e os cinco filhos — após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar brasileira.