O Museu Nacional, no Rio de Janeiro, devastado por um incêndio há seis anos, pede por mais doações para garantir a reabertura do palácio histórico no prazo estimado. 

Segundo Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional, é preciso captar R$ 50 milhões até novembro e mais R$ 45 milhões até fevereiro do próximo ano. "Se a gente não tiver, a obra não vai acontecer e não vamos entregar o museu", alerta. 

O orçamento total para a reconstrução, incluindo o que já foi arrecadado, é de R$ 491,7 milhões, com recursos provenientes tanto do setor público quanto da iniciativa privada. Entre os patrocinadores do projeto estão o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ministério da Educação (MEC), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Congresso Nacional, Bradesco e Vale. 

Apesar do apoio, Kellner reforça a importância da contribuição da sociedade brasileira. "É fundamental a participação da sociedade brasileira", afirma, destacando a complexidade do trabalho de recuperação, que inclui a criação de novos roteiros e circuitos expositivos.

A direção do museu prevê a entrega do Bloco 1 (histórico) em abril de 2026, com a reabertura total prevista para 2028. Enquanto isso, o Museu Nacional realiza anualmente o Festival Museu Nacional Vive. A última edição ocorreu neste domingo (1º), com diversas atividades gratuitas na Quinta da Boa Vista.

Após seis anos sem um espaço permanente para visitação, o museu inaugurou, na última quinta-feira (29), uma área adjacente ao prédio histórico para receber alunos de escolas.