O dólar comercial alcança o valor mais alto do último ano, aproximando-se de R$ 5,19. A bolsa de valores, por consequência, caiu quase 0,5% e teve o quarto recuo consecutivo. 

Nesta segunda-feira (15), a moeda norte-americana foi vendida a R$ 5,185, com alta de R$ 0,064 (+1,24%). Na máxima do dia, por volta das 14h30, chegou a R$ 5,21. A cotação está no maior valor desde 27 de março do ano passado, quando foi vendida a R$ 5,20. Em 2024, o dólar subiu 6,85%.

O Ibovespa, principal indicador da B3, registrou queda de 0,49%, fechando o dia em 125.334 pontos. Este é o quarto recuo consecutivo do índice, que acumula uma desvalorização de 6,6% no ano, situando-se no menor patamar desde 17 de novembro de 2023.

Tanto fatores domésticos como internacionais afetaram o mercado financeiro. No cenário interno, a mudança da meta fiscal para 2025 desagradou os investidores.

Os principais fatores que provocaram turbulências, contudo, são externos. O aumento das tensões entre Irã e Israel, juntamente com a expansão da economia dos Estados Unidos, provocaram a subida do dólar. As vendas no varejo americano subiram acima do previsto em março, o que diminui as chances de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) começar a reduzir os juros em julho.

As altas taxas de juros em economias desenvolvidas têm motivado a fuga de capitais de países emergentes, como o brasileiro. No setor petrolífero, o preço do barril de Brent apresenta uma queda de 0,21%, cotado a US$ 90,21.