Uma greve aprovada pelo sindicato dos atores de Hollywood interrompe o negócio de cinema e televisão estadunidenses no valor de US$ 134 bilhões, pela primeira vez em 43 anos. A decisão de parar vem da insatisfação com os salários e do receio de um futuro dominado pela tecnologia.

Nesta sexta-feira (15), os atores se unem aos roteiristas que abandonaram o trabalho em maio. Os roteiristas em greve organizaram piquetes em Nova Iorque, Los Angeles, e em localidades onde filmes e programas são produzidos.

Os líderes do sindicato que representa 160 mil atores de televisão e cinema anunciaram a greve depois do fracasso das negociações com os estúdios em relação a um novo contrato, no qual serviços de streaming e inteligência artificial foram pontos de impasse.

Esta é a primeira vez, desde 1960, que atores e roteiristas fazem greve ao mesmo tempo. Mais de 170 mil trabalhadores estão em conflito com estúdios tradicionais como Disney, Universal, Sony e Paramount, além de gigantes da tecnologia como Netflix, Amazon e Apple.

Durante uma coletiva de imprensa em Los Angeles, a presidente do sindicato dos atores, Fran Drescher, expressou indignação com a forma como os trabalhadores estão sendo tratados pelos estúdios. Ela criticou a disparidade entre a pobreza alegada pelos estúdios, enquanto pagam centenas de milhões de dólares a seus CEOs.